「𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗠𝗘」
𝗰𝗵𝗮𝗰𝗵𝗮, 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻
Chase Hudson e Charli D'Amelio. Dez anos de diferença de idade. Ele a pegou no colo ainda recém-nascida. A viu dar seus primeiros passos, balbuciar as primeiras palavras e a viu passar por ta...
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— Charli, pode abrir os olhos. — Ouvi a voz de Addison me trazendo de volta.
Mas onde eu estava antes?
— Sua memória seletiva sempre ajuda muito. Sabe você tem ótimas lembranças da infância. — Ela anotou algumas coisas na prancheta. — Isso é bom, muito bom.
— É? — Cocei a cabeça, pois não lembrava de muita coisa para dizer a verdade.
Minhas lembranças eram esporádicas, aparecem quando menos espero.
— Você fala de um garoto, que sempre lhe passava segurança. Mas diz que um dia ele lhe deixou insegura... Que... — Ela me encarou por baixo dos óculos de gatinho. — Que ele quebrou uma promessa, algo assim...
— É? — Retorci o rosto em confusão, esforcei-me para lembrar, no entanto nada vinha em minha mente.
— É Char. — Addison riu. — Estamos fazendo bons progressos aqui. E seja quem for essa pessoa, acho que ele foi muito especial pra você.
— Pode ser. — Dei de ombros, não tinha a mínima ideia do que ela poderia estar falando.
— Nos vemos na semana que vem.
Me despedi dela e fui enfrentar o frio lá fora, pensando em que promessa eu me agarrei quando criança e quem a quebrou?
[...]
Madi estava esparramada em minha cama, vendo fotos do Christopher Romero seminu, hoje era Halloween, eu havia esquecido que meu bairro tem a festa tradicional de todos os anos, então, ao invés de ir a um encontro com Payton, ele que viria para a festa.
Sei que a galera dele provavelmente vai estar em uma dessas boates super caras e badaladas e sei também que no fundo, era lá que ele queria estar, mas aceitou vir e fiquei feliz com aquilo.
— Cara, ele trocou a Koko pra vir pra cá. — Madi falava fazendo bico para a foto e quase lambendo minha revista, touché.
— E não estou muito bem quanto a isso. Não quero que ele fique aqui com a cabeça lá. — Passei o batom preto e fiz uma pinta no canto esquerdo da minha boca.
— Ele pode ficar com a cabeça de cima lá, mas a de baixo que é a mais importante vai estar aqui... — Madi lambeu os lábios e murmurou algo quente para o Sebastian.
— O que é mais importante? — Minha mãe entrou no quarto, ela estava fantasiada de Mortícia Adams, o vestido preto lhe caiu muito bem, vê-la de cabelos negros era estranho.
— Nada tia. — Madi sentou na cama com cara de tacho. — Só disse o quanto é importante o cara ter cabeça, quer dizer cérebro. Não é Char? — Ela arregalou os olhos, num pedido silencioso de que entrasse em seu blefe.
