𝘽𝙊𝙍𝙉 𝙏𝙊 𝙈𝙀, 𝘤𝘩𝘢𝘤𝘩𝘢

forbbiden dream.

CHARLI D'AMELIO, point of view. 

Fiquei estática, sem saber bem o que dizer. 

Queria entrar correndo em casa, mas a verdade é que não conseguia sequer me mover sob o olhar duro e repreensor de Cynthia. 

— Eu estava mesmo trabalhando em algumas planilhas, mas terminei mais cedo do que imaginava e fui para o Hyde Park. — Chase tinha uma postura plácida, serena. 

— Sem me convidar Chase? E o que a pirralha tem a ver com isso? — A hostilidade de Cynthia me fez encolher. 

Eu poderia revidar, mas no fundo me sentia culpada, pois tirei Chase de seus afazeres e agora eles estavam brigando. 

— Não a trate desse jeito. — Chase rosnou baixo. — Charli, entre por favor. — Ele me olhou de lado, juro que por mim já estava lá dentro há muito, muito tempo atrás, mas como se saía do lugar mesmo? 

— Não Charli, fica. Quero saber porque raios uma ninfetinha anda convidando meu namorado para passeios. Vamos, abre a boca garota. — Ela deu dois passos para a frente, Chase estava no caminho, bloqueando-a. 

— Foi só um show. Você está bancando a criança ciumenta. — Ele disse encarando-a, mas ela nem piscou. 

Se chacoalhou livrando-se das mãos dele em seus ombros. 

— E por falar em criança. — Sorriu de lado, em uma clara direta para mim, Chase parecia tentar manter o controle com muita dificuldade. — Existe telefone Chase Hudson, poderia ter me ligado e nós iríamos juntos. 

— Claro que não! — Ele se irritou de verdade, quase gritando. — Você diria que não gosta de lugares cheios, que liguei em cima da hora, que não gosta daquele tipo de música e mais uma infinidade de desculpas esfarrapadas, no entanto, se os idiotas da tua turma te ligam, você corre até de pijama se for preciso e se enfia no bar mais asqueroso de Los Angeles com eles. — Percebi que Chase se inclinava pra cima dela, e vi pela primeira vez ela se abalar um pouco. 

— Vai ver porque são ótimas companhias. — Ela não quis ficar por baixo, achei aquilo extremamente ridículo e desagradável. 

— Exato Cynthia, nós não apreciamos mais a companhia um do outro e pra mim chega. Acabou. — Ele disse bem baixo e bem devagar, como se quisesse enfiar aquela palavra no ouvido dela, para que a mesma não a esquecesse. 

— Como assim? To muito velha pra você Chase? — Ela segurou o choro, mas algumas lágrimas despencaram e pelos velhos tempos, eu senti um pouco de pena dela. 

— Não se trata de idade. Se trata de você, do que você se tornou e de nossa incompatibilidade. Não quero mais discutir no meio da rua, mando o restante das tuas coisas pro teu apartamento. — Ele passou a mão nos cabelos, fechou a cara indicando que a discussão chegara ao fim.