Conhecendo a Angela

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P.o.v. Anne


Eu estava na fila esperando quando presenciei a cena de uma mulher esbarrando em meu pai e quando olhei melhor para ela percebi ser a Valentina, porém, antes deu conseguir falar com ela a ouvi falando:


— Excuse me. (Me desculpa)


- Of course i’m Sorry, i know tou didn’t mean to.( Claro que desculpo, sei que não fez por mal)


Conheço a Valentina a pouco tempo, mas a percebi um pouco tensa, eu até tentei falar algo para amenizar a situação, ela estava olhando para o meu pai com uma raiva no olhar, antes deu conseguir falar algo ouvi o Pedro Henrique falando:


— O que está fazendo aqui Valentina?


— Te faço a mesma pergunta.


— Eu nunca irei te perdoar por matar a Andreia, ela era o amor da minha vida e você acabou com a vida dela.


— E eu com isso, eu teria feito a mesma coisa e outra se eu não podia ficar com você a Andreia não ficaria contigo.


— Eu nunca vou te amar.


— Veremos, ainda não desisti de você.


— Nem que você fosse o último homem na terra eu ficaria com você.


— É o que veremos.


— Eu até vi uma moça tentando acalmar ela, mas pelo visto não estava dando muito certo, então me intrometi na conversa e falei para o meu pai:


— Dá para o senhor parar com isso.


Só aí a Valentina reparou na minha presença, a olhei e tentei passar uma paz para ela, até que eu a vi mais calma, eu não falei nada, simplesmente a puxei pela mão até a rua, assim que saímos vi a moto dela e falei:


— Vamos a algum lugar para conversarmos melhor?


— Claro.


Subi na garupa da moto e ela me levou ao M’c Donald’s, após alimentadas eu disse-lhe:


— Me desculpa Valentina.


— Pelo quê? Você não tem pelo que se desculpar.


— Pelo meu pai, eu não sabia que ele foi o causador do mal que você sofreu.


— Não tinha como você saber que foi seu pai o causador do meu sofrimento.


— Me desculpa, mas agora que meu pai está envolvido nisso não posso mais atender você, mas posso te indicar uma ótima profissional.


— Mas eu não quero outra psicóloga.


— Mas é um conflito de interesses.


— Está bem, mas não quero perder a sua amizade.


— Está bem, você não irá perder a minha amizade.


— Ver o Pedro Henrique me abalou muito.


Pude notar que ela estava chorando e isso me deu um aperto no peito, mas eu precisava saber o que o meu pai fez de tão ruim assim para ela ter ficado tão irritada com ele.


— O que o meu pai fez a você que fez vir lágrimas aos seus olhos?


— Vou te contar o que houve.


— Está bem.


— Quando voltei para Nova York teve um dia que eu conheci o seu pai na casa dos meus pais ele queria que nós tivesse algo, mas eu já estava me entendendo com a Andreia, mas o seu pai não aceitou quando eu o rejeitei e ele me sequestrou e me torturou por um tempo e a sorte foi que encontraram ou eu podia não estar viva agora.


Ao ouvir isso me veio lagrimas aos olhos, eu sabia que meu pai não era uma boa pessoa, mas isso é demais para mim, senti a Valentina me abraçando e acariciando o meu cabelo, depois de mais calma acabei falando para ela:


— Eu não sabia que meu pai era tão ruim assim.


— Ele é sim, mas vamos falar de coisas boas.


— Vamos sim!


Passamos o dia conversando amenidades, até que num dado momento passamos a ter uma troca de olhares e eu senti a Valentina me puxando para um beijo, e que beijo essa mulher tem, começou lento, mas à medida que continuamos foi ficando mais intenso, só paramos devido à falta de ar, ela me levou até a porta de casa, nos despedimos com um beijo e eu a vi indo embora e sorri por passar o dia com ela, mas uma coisa me preocupava, como meu pai vai reagir depois deu ter deixado ele falando sozinho? Mas por enquanto vou deixar isso de lado e seja o que deu quiser, resolvi dormir, pois, amanhã meu dia começa cedo.


Eu estava em um lugar tão calmo, mas, ao mesmo tempo me sentia como se eu já tivesse visitado esse local, é um campo de flores lindo e no centro dele havia uma mulher, assim que me aproximei dela senti uma paz tão grande e uma familiaridade que eu não estava entendendo, a curiosidade acabou falando mais alto e eu perguntei:


— Oi! Quem é você?


— Eu me chamo Angela.


— E por um acaso eu te conheço?


— Conhece sim, porém, você não se lembra de mim.


— De onde nos conhecemos?


— É uma longa história, mas antes de responder as suas perguntas irei te mostrar uma coisa.


— E o que seria?


— Você vai ver.


Eu me via com uma aparência diferente, mas não foi isso que me surpreendeu e sim o fato de a Valentina também estar aqui, olhando bem essa mulher se parece muito comigo, mas não pode ser eu ou pode? Voltei minha atenção para as meninas e às duas estavam extremamente felizes por estar noivas, mas nem tudo na vida são flores, um tal de Pedro Henrique não queria a felicidade delas, aí que eu fiquei confusa, pois estou vendo agora a mesma coisa que eu venho sonhando a anos, isso não é possível.


Voltei a ver a Angela e eu estava com mais perguntas que respostas, mas a que mais estava me perturbando era que o nome do moço que machucou a Valentina e a Andreia é o mesmo nome do meu pai, será a mesma pessoa? Voltei a olhar para ela e perguntei:


— O que é tudo isso que você mostrou-me agora?


— Bom... Terei que te explicar tudo agora.

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⏰ Última atualização: Mar 26, 2022 ⏰

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