Capítulo 23

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(L). Murilo (Carlinhos) é um homem intrigante e enigmático, silencioso, que fala pouco.
O sinto muito desconfiado de todas as minhas ações, como se esperasse sempre algo por trás com interesse.
Já faz uma semana de convivência eu não consegui arrancar nada dele, essa amnésia dele pós-traumática não melhora. Ele não consegue se lembrar de nada.
Tiago meu irmão não gosta dele e diz que ele é um bandido... Vê se pode uma coisa dessa.
Eu não sei o que pensar, mas seus olhos me mostram uma desilusão,uma rependimento e às vezes sede de vingança.
Não sei como consigo ver isso tudo se ele nem sabe quem é... Mas eu sinto...
Ele nunca quer conversar, não me pergunta nada, fica sempre no quarto, dou os remédios e a comida e ele agradece ...
Deixei ele ficar no quarto pois está debilitado e estou dormindo no sofá.
Tiago fala que estou dando muita mordomia a ele, mas esse é o meu jeitinho de ajudar afinal de contas ele é meu hóspede.
Como fico a maior parte do tempo fora de casa realmente não temos muito que falar, Espero que ele se recupere logo para seguir sua vida, seja ela qual for.
Às vezes fico apreensivo pensando o que ele pode tanto esconder ou do que ele tem medo.
Mas não quero pressioná-lo... Você me entende meu rio querido? Você me trouxe ele me ajude agora decifra-lo...
Quero que ele se transforme em um amigo quem sabe?
Bom velho Chico, já coloquei tarrafas,me deseje sorte quando eu voltar amanhã para buscar meus peixes viu lindão... Não dê uma de doido não...rsss. Obrigado por me escutar mais uma vez agora eu preciso ir...
Passo a mão sobre as águas do rio São Francisco, ligo o meu barco retornando para casa.

O preço de uma paixão Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora