Julianzinho

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Julian se esconde no armário, que tem uns pequenos feches que ele está usando para ver o ser entrando.

— Juuliaan? Onde você está? —  A voz se aproxima cada vez mais. Ao decorrer do tempo Julian vai ficando sem ar.

A porta foi aberta, e então o ser entra.

Ele avança nos pais de Julian e arranca a cabeça do pai e a abre em dois pedaços com facilidade, como se fosse uma laranja cravo. Repousa o cérebro sobre a cama e em seguida devora todo o resto. Os olhos, as orelhas, o nariz, tudo parecia tão apetitoso que ele mais parecia uma criança devorando seus doces após chegar em casa depois de uma noite de halloween.

Logo em seguida, pega o cérebro que está encharcado de sangue, e o coloca de uma só vez na sua grande boca cheia de dentes pontiagudos como os de um tubarão.

O ser começa a se contorcer e gritar, logo em seguida abandona o seu corpo, o deixando jogado no chão como se fosse mais um daqueles vilões do Scooby-Doo. Uma grande fumaça preta sai do corpo e toma todo o quarto e entra por completo dentro da boca da mãe de Julian. Nada acontece de imediato. Ela começa a convulsionar. Seus olhos ficam totalmente negros e então ela se levanta.

— Pode sair daí, meu amor. Vem pra mamãe.

—  Você não é a minha mãe...
Fala o menino, aterrorizado.

— Claro que sou, venha aqui dar um abraço na mamãe. Julian não responde.

— Julian, eu vou contar até três e você vai sair do guarda-roupa. Um, é melhor sair, eu não quero machucar você. Dois, vamos Julian, saia. Três, eu avisei! — Seu braço além de negro, triplica de tamanho e largura, quebrando a porta do guarda-roupa e agarrando o garoto pela cintura.

O impacto foi tão grande que quebrou o tórax do menino; a mão era tão grande que envolvia seu torso e seu pescoço respectivamente.

— VOCÊ NUNCA VAI SAIR DAQUI, VOCÊ NUNCA VAI SAIR DAQUI VOCÊ, NUNCA VAI SAIR DAQUI — Julian ia perdendo o ar gradativamente, quando de repente *tu tu tu tu* o alarme toca. Era apenas um sonho.

Julian acorda desesperado e corre em direção ao quarto dos seus pais, e lá estavam os dois, sua mãe se olhando no espelho e seu pai aparando a barba no banheiro.

— Oi Julian, bom dia! Tá tudo bem com você? — Diz a mãe enquanto coloca o seu brinco na orelha.

— Oi. — O garoto afoga o rosto no colo da mãe.

— O que foi, meu amor? — Questiona a mãe.

— Eu tive um sonho terrível

— Awn, Julianzinho. — A mãe o abraça enquanto desliza os seus dedos entre os fios de cabelo.
— Não se preocupe, a mamãe está aqui!

Algo naquela frase parecia estranho, Julian não estava crente que aquela era a sua mãe. Ele a empurra e vê os olhos negros.

— Venha brincar comigo, Julianzinho. Você não vai escapar!

— NÃO, NÃO N...

Essas foram as últimas palavras que saíram da boca de Julian antes de ser totalmente desmembrado.

Olhos na janela.Onde histórias criam vida. Descubra agora