⁰¹ responsabilidades

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ei ei ei, boa tarde gente
vai um cafezin aí? ☕

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⁰¹| responsabilidades

Astraea Sen, estava, por um trio, prestes a cometer um genocídio mundial.

Não que de fato conseguisse fazer isso, certeza de que seria pega antes mesmo de terminar de esganar a jugular de seus colegas e ser presa, ou até mesmo bombardeada de tiros pela polícia.

Inspirou fundo ao ver a placa da cidade passar rapidamente por seus olhos que analisavam tudo atrás da janela transparente, seus fios ruivos estavam bagunçados e ela bocejou, cansada.

Adormecer em um carro que se movimentava lhe rendeu belas dores em suas costas e como estava perto de seu período, tudo parecia piorar mais ainda. As pontadas em suas costas, em seu centro, ficaram mais fortes e isso contribuiu para tirar mais ainda a pouca paciência que tinha naquele dia.

Odiava climas chuvosos, eles acabavam com seus cachos.

Morou, após seus 10 anos até hoje, ao norte do Alasca onde mais se tinha um clima gelado e úmido, porém, Astraea ainda sim, gostava de lá.

Por que?

Bem, ela ficava afastada de todos os tipos de pessoas e suas faltas de filtro e bom senso. Ou seja, Astraea amava morar no Alasca.

Mas, diversidades acontecem e aqui estava uma delas: a amizade de seus falecidos pais com o atual diretor.

Ele havia ligado pra ela a algum tempo atrás — um mês e dois dias em seus cálculos — e pediu, implorou, que ela fosse até a cidade e fizesse um show no baile de graduação daquele ano, e obviamente Astraea negou, porém, mais uma vez seres humanos se provaram astutos e maliciosos.

O diretor havia convencido ela de que, ao fazer isso, uma antiga dívida de seus pais estaria quitada. Que dívida? Nem ela sabia.

Soltou uma lufada de ar e a fumaça branca deslizou pra longe de seus lábios rubros de tanto morder, e após bater a porta do táxi, ele desapareceu rapidamente, a deixando ali, só.

Começou a andar em direção as casinhas de tijolos que mais pareciam locações onde alguém se moraria, mas não, aquilo era uma escola e na sua frente, estava a secretária. Ou era isso que ela achava ser, se aproximou mais e viu o aviso de "não entre" e rangeu os dentes. Uma brisa gelada bateu em seu corpo e se amaldiçoou por não vir mais agasalhada, estavam prestes a entrar no inverno e olha só, o frio já estava ali a tempos e iria piorar mais ainda, e logo a neve chegaria.

Olhou as árvores e constatou que a neve já havia chegado ao ver os montinhos brancos presos nos galhos e folhas.

Seus olhos foram de um lado ao outro e viu quando uma portinha de vidro transparente e embaçada, de empurrar, apareceu a alguns metros de onde estava. Com passadas longas, chegou rapidamente e entrou, relaxando o corpo e sentindo seus ossos tremerem.

𝐀𝐒𝐓𝐑𝐀𝐄𝐀 ─ 𝙹𝙰𝚂𝙿𝙴𝚁 𝙷𝙰𝙻𝙴 Onde histórias criam vida. Descubra agora