Lios (Roronoa Zoro X Leitora)

|11 - Desentendimentos|

|[Nome] Dracule|

Senti o sol se infiltrar pelas cortinas, me fazendo abrir os olhos lentamente. Um par de braços fortes me puxou de encontro a algo duro e quente. Beijos foram depositados em meu pescoço, fazendo com que eu despertasse completamente.

"Bom dia." murmurei, virando de frente para o homem.

"Bom dia." seus lábios tocaram os meus levemente, o que me fez suspirar.

"Como você está?" perguntei, fitando seu olho.

Um sorriso debochado puxou os cantos de seus lábios para cima. "Acho que quem deveria perguntar isso sou eu."

Fechei meus olhos, tomando consciência de todos os pontos levemente doloridos de forma boa.

Dessa vez, quem sorriu fui eu. "Estou bem." voltei a olhá-lo. "Acho que você deve voltar a dormir."

"Você também." seus braços me apertaram ainda mais.

"Vou fazer nosso café da manhã e volto. É rápido."

"Então eu vou te ajudar." Zoro começou a levantar, mas eu o impedi.

"Não precisa. Fica mais um pouco na cama. Vou pegar a comida e comemos aqui." depositei um beijo em sua boca antes de sair de seus braços completamente.

Senti o olhar de Zoro queimar em todos os lugares pelo qual passava. Respirei fundo, caminhando rapidamente até o guarda roupa. Vesti uma calcinha, um sutiã e uma grande camiseta, que ficava até um pouco acima dos meus joelhos.

"Gostava mais da outra visão."

Virei o rosto em sua direção, vendo o esverdeado com os braços atrás da cabeça, me tirando com um sorriso travesso no rosto. "Não posso cozinhar nua... e se bem me lembro, da última vez você insistiu que eu me cobrisse." arqueei uma sobrancelha, seguindo em direção a porta.

"Eu estava cuidando de você."

Uma risada me acompanhou, enquanto eu seguia em direção a cozinha. Sentia falta de estar apaixonada e de estar com a pessoa...

O apartamento estava escuro, pois as cortinas estavam fechadas, mas o pouco de luminosidade que passava por elas era o suficiente para me ajudar a distinguir algumas silhuetas. As roupas de Zoro estavam espalhadas pelo lugar... camiseta, calça, casaco, uma pessoa no meu sofá, as botas do Espadachim de cabelos verdes e...

"Dōbutsu no tatchi!" usei a técnica para transformar minhas unhas em garras longas e afiadas e meus olhos em pupilas felinas. Olhei para o sofá, suspirando quando reconheci o ser sentado ali. "Ray-san, o que faz aqui?" voltei ao normal logo em seguida.

"A sua pergunta é o que eu faço aqui e não como eu entrei aqui?" ele arqueou uma sobrancelha, enquanto eu seguia em direção ao interruptor, ligando a luz.

Voltei, me sentando à sua frente, cruzando as pernas e os braços. "Duvido que exista alguma porta trancada para o Rei das Trevas."

Ele riu. "Vim trazer o que sua mãe pediu que eu te entregasse."

"Aqui e agora?" arqueei a sobrancelha.

"Exatamente aqui e agora." Rayleigh esticou um envelope grosso. Peguei-o, analisando. "Abra quando eu não estiver mais aqui... e o conselho de sua mãe: 'Não deixe que saibam o conteúdo dentro dessa embalagem.'" uma pequena risada deixou seus lábios.

"Minha mãe era uma mulher interessante."

"Ela era... foi a terceira integrante do bando. Muito inteligente e sempre nos salvando de enrascadas." o olhar do mais velho ficou distante.