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FORKS, WASHINGTON
AGOSTO DE 2001| 𝙲𝙰𝚁𝙻𝙸𝚂𝙻𝙴 𝙲𝚄𝙻𝙻𝙴𝙽 |
Eu não tinha quase nenhuma lembrança de minha vida humana. Tudo o que eu sei sobre minha vida humana, foi descoberto por mim através de pesquisas e relatos de camponeses que nunca haviam visto meu rosto. O veneno havia levado mais do que minha vida naquela noite.
Eu me lembrava da dor, do fogo, e de como eu tive que ficar em silêncio enquanto era queimado por dentro. Foram longos três dias aguentando aquela dor infernal. Tudo para depois surgir como um demônio que só sobrevivia com a morte de outras pessoas.
A certeza de que essa era minha punição veio certeira no momento em que a ardência como brasa surgiu em minha garganta, implorando por algo que eu nunca faria em minha vida. Implorei para qualquer entidade celestial que colocasse um fim naquele meu tormento, implorei pelo perdão de todas as almas inocentes que eu não consegui salvar das mãos do meu pai, implorei para que aquele tormento não passasse de um pesadelo.... Mas nada mudou. Eu continuava sendo um monstro.
A queimação em minha garganta estava tornando-se quase impossível de se conviver, então tentei finalizar minha vida. Mas não fui agrassiado com essa dádiva. Não conseguia fugir de meu purgatório, mas tentei com todas as forças.
Nem ao menos notei que atravessei o Canal da Mancha a nado, apenas notei quando cheguei ao outro lado e escutei um rebanho de cervos por perto. Eu não pensei muito, nem sabia se estava realmente pensando, apenas ataquei e finalizei com a vida daquele rebanho.
Pensei que, talvez, aquele fosse o mínimo ato de perdão que eu conseguiria por todos os meus pecados. A capacidade de não machucar pessoas inocentes. Matar animais não era o que eu esperava, eram criaturas mais inocentes do que humanos, mas foi somente assim que consegui manter o restante de humanidade que me restava.
Mas, com essa humanidade que carregava comigo, veio o egoísmo. Eu estava sozinho a tanto tempo e desejava ter uma família. Foi quando encontrei com Elizabeth Masen e — de maneira egoísta — usei seu pedido de salvar a vida de seu filho para meu próprio benefício. Meu primeiro filho, Edward. Ele estava morrendo de gripe espanhola, até que eu o mordi.
Não o julguei quando ele partiu para se aventurar com sua imortalidade, e o acolhi de braços abertos quando retornou com a culpa de diversos assassinatos em suas costas. Eu o tranquilizava quanto a isso, ele não havia ferido inocentes.
Mas a culpa caiu em meus ombros ao vê-lo tão sozinho e solitário quanto eu. E novamente meu egoísmo falou mais alto do que minha razão. Encontrei Rosalie entre a vida e a morte, então a transformei em algo que ela odeia ser. Seu autocontrole era tão bom quanto o meu, havia feito sua justiça sem uma gota de sangue humano em seu organismo.
Eu sabia que minha filha era infeliz com sua imortalidade, então, quando ela apareceu com Emmett entre a vida e a morte em seus braços e me implorou para transformá-lo, eu o fiz sem pensar duas vezes. Não demorou para que Emmett e Rosalie se tornassem um casal, afinal, ambos eram companheiros.
Minha primeira vinda a Forks foi em 1936, foi quando descobri a presença de um povo com magia em seu sangue. Eles carregava a capacidade se transformarem em lobos no tamanho de cavalos. O líder dessa tribo, Ephraim Black, aceitou minha proposta de paz entre minha família e seu povo.
Foi após esse acordo de paz que, em um dia qualquer, cheguei em minha casa e encontrei uma pequena vampira que previa o futuro e seu companheiro cheio de cicatrizes de batalhas. Alice e Jasper chegaram de surpresa e rapidamente tornaram-se meus filhos.
Tivemos que partir no mesmo ano em que Alice e Jasper uniram-se a nós, os humanos já estavam começando a desconfiar de nossa aparência. Agora, sessenta e cinco anos depois, eu estava retornando para a pequena e fria chuvosa cidade de Forks. Eu até que gostava daquela cidade, ela tinha um certo charme. Eu apenas não sabia o motivo de Alice insistir tanto em retornarmos.
Com o tempo, aprendi que era melhor não questionar Alice. Na maioria das vezes, a pequena vidente conseguia fazer o planeta girar conforme suas escolhas. Era assustador algumas vezes.
— Lar doce lar. — catarolou Alice antes de seguir para seu próprio quarto.
Apenas soltei uma leve risada antes de subir para meu escritório, eu precisava me atualizar da situação de alguns pacientes que eu assumi quando descidi trabalhar no hospital de Forks.
Foi ajeitando algumas coisas na estante de livros que um papel simplesmente caiu do meio dos meus livros. Peguei o papel, notando que era o desenho que eu havia feito de Katerina poucos anos atrás.
Eu não me lembrava de Katerina St. Clair, não me lembrava de nossa vida juntos, mas seu rosto sempre aparecia em minha mente nos momentos de apuros. Seu lindo e contagiante sorriso era algo que me acalmava. Não sei seu significado em minha vida, mas sei que ela foi importante em algum momento.
Suspirei antes de guardar o desenho, decidindo retornar para o que eu precisava fazer. Estava na hora de eu me acostumar com o fato de que eu nunca encontraria minha companheira.
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° Desenho que Carlisle fez:
° Votem e comentem.
° Até o próximo capítulo. Beijos.
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𝙳𝚘𝚙𝚙𝚎𝚕𝚐𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛 || 𝙲𝚊𝚛𝚕𝚒𝚜𝚕𝚎 𝙲𝚞𝚕𝚕𝚎𝚗
Fanfikce"𝙳𝚘𝚙𝚙𝚎𝚕𝚐𝚊𝚗𝚐𝚎𝚛 || Doppelganger é um sosia ou duplo não-biologicamente relacionado de uma pessoa viva, por vezes retratado como um fenômeno fantasmagórico ou paranormal e geralmente visto como um prenúncio de má sorte, ou ainda para se ref...