Fᴜᴛᴜʀᴇ - Borusara

Fɪғᴛʜ

"Ter fé e acreditar em alguma coisa é algo muito especial, já notou? Isso significa confiar realmente nisso, significa que você sente aquilo de verdade, que faz parte de você de alguma forma. Acreditar beira ao poético e eu fico feliz em poder acreditar em nós dois ."

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Quebra de tempo — sete meses depois

Boruto bateu os pés em nervosismo e bufou quando Sarada riu.

— Deus, pare de rir! — Ordenou sem muita fé de que seria acatado ou levado a sério.

— Você fica uma gracinha quando está preocupado. — Sarada contou e anotou algo em sua agenda. — Sua testa ganha marcas de expressão e seus olhos escurecem.

— Sarada! Isso é uma situação complicada, não me faça te beijar! — Ele rosnou o mais baixo que podia, Sasuke não podia saber que ele estava ali.

— Eu adoraria que você me beijasse... — A Uchiha soltou e ele revirou os olhos sem se render aos seus desejos.

— Sara, Sasuke vai me matar... — Resmungou preocupado e a escutou bufar.

— Papa não vai te matar... — Ela tentou tranquilizá-lo, mas aquilo só piorou as coisas.

Se Sasuke não iria matá-lo, o que aquele homem faria?

A algumas horas, Boruto e Sarada decidiram que já estava na hora de contar que estavam juntos. Até porque eles se mantinham em segredo e estavam se mantendo bem, eram espertos.

Sete meses haviam se passado desde que começaram a se resolver e estavam indo muito bem. Sempre sendo tranquilos e conversando sobre tudo.

O estresse pós traumático de Sarada também melhorará muito e ela já estava muito melhor do que antes, os pesadelos não eram mais tão recorrentes e os gatilhos diminuíram bastante. Boruto e ela criaram o costume de dormir juntos sempre que podiam — agora era difícil passarem as noites separados.

Os medos e inseguranças entre eles também sumiram com o tempo, ainda podiam melhorar muito mais, mas a relação deles agora estava intacta novamente, sem mais a sombra do passado e de tanta dor que um dia passaram.

E tudo estava indo bem, até que o desejo de contar a todos sobre eles se tornasse real.

Claro, era confortável esconder e ter a própria rotina secreta deles, onde os dois podiam se encontrar nas horas que quisessem, não precisavam dar satisfação de nada a ninguém e também não eram vigiados por outros adultos ou tinham regras dos anciões da vila.

A vida era mais simples quando eram apenas os dois.

Mas as desconfianças de suas famílias e amigos saturavam, parecia que todos sabiam a verdade e escondiam esperando que os dois contassem de uma vez.

Suas perguntas parecendo bem calculadas e sempre certeiras eram insuportáveis — Kawaki e Sakura eram os que mais perguntavam sobre eles.

Os amigos de Boruto — principalmente Shikadai, Mitsuki e Chocho, que sabiam da história do primeiro beijo dele e de Sarada — sempre pareciam dar atenção redobrada quando ele e Sarada estavam no mesmo cômodo ou quando saiam juntos em missão e nos finais de semana.

Claro, estava óbvio que Boruto e Sarada estavam apaixonados, mas nenhum dos dois deixava claro que estavam juntos.

Agora os dois estavam prontos para contar para todas as pessoas que amavam que estavam finalmente juntos.

Mas como fazer aquilo?

A resposta veio bem rápido para Boruto, eles deveriam começar com a família de Sarada.