Prólogo

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Aviso: Contém descrição gráfica de tortura, violência explícita e terror psicológico. O Leitor está avisado.

2007, Clermont Ferrand, França.

Vanessa Bastien

A perseguição estava longe de parar, quando menos esperava, me encontrei dentro de um carro roubado perseguindo a filha do homem que matou minha família: Helen Bragga. Pisei com toda força no acelerador, fazendo o carro roubado se chocar contra o dela algumas vezes. Coloquei minha cabeça para fora da janela enquanto segurava minha Colt house model. Acertei alguns dos tiros nas rodas traseiras do carro a minha frente, o fazendo perder o controle, deslizar pela rua e capotar, quase caindo ladeira abaixo. Dei uma breve risada, logo em seguida saindo do carro roubado, vendo que minha colt estava sem munição.

Helen saiu do carro com sua cabeça quase partindo ao meio, o sangue escorria pelo seu rosto todo, e seus braços estavam com estilhaços de vidro perfurando sua carne. Ela me olhou em completo desespero, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos, em seguida, olhou a arma em minhas mãos e se apressou para sair do carro. Apenas cruzei os braços e a deixei sair, pois Helen mal conseguia andar, e eu adoraria ver ela mancando daquela forma.

– P-por favor... E-eu não tive nada a ver... Eu juro!- Gaguejou Helen, em um tom de completo pavor e auto piedade. Dei uma longa risada vendo a mesma arrastando uma de suas pernas até um velho galpão que estava do outro lado da rua, as chamas do carro já estavam quase causando uma enorme explosão. Apenas a observei, pensando no quão patético era aquilo.

– Vocês vão pagar pelo o que fizeram, Bragga! Seu pai matou minha família, e agora eu vou matar a dele!- Gritei com uma voz sarcástica, fazendo Helen olhar para trás com espanto, começando a tentar correr, aparentemente com uma das pernas estando quebrada. Acendi um baseado e fui andando em sua direção, colocando minhas luvas cirúrgicas, já que a coisa ia ficar feia, não queria sujar minhas mãos.

Esperei a mesma entrar no galpão para atravessar a rua e a seguir, deixei o carro explodir logo atrás de mim, se estivesse de dia teria causado um grande alvoroço. Vi que Helen havia conseguido travar a porta do galpão, então apenas dei um chute frontal a arrombando, e vi que tinha uma mesa na frente com uma corrente mal amarrada. Ri com a situação, que fuga patética da porra.

– EU NÃO TIVE NADA A VER COM A MORTE DOS SEUS PAIS, EU JURO!- Gritou Helen, desesperada, sua voz ecoava por todo o galpão. Dei alguns tragos em meu baseado revirando os olhos enquanto andava lentamente pelo local.

– Você ainda não entendeu? Eu nunca vou estar satisfeita apenas matando seu pai, preciso cortar tudo desde a raiz... Pra nenhuma escória se reproduzir novamente...- Falei em um tom alto, logo levando minha atenção para uma machadinha de emergência que estava dentro de uma cabine de vidro na parede. Sorri, indo até lá, acertando uma cotovelada no vidro fazendo o mesmo se quebrar, peguei o machado com uma de minhas mãos enquanto a outra segurava o baseado – Você não tem pra onde fugir, Bragga, estou indo aí te pegar- Falei dando uma risadinha, escutando o eco de uma respiração ofegante. Segui os barulhos da respiração até chegar em uma sala com mesas, me surpreendi quando uma cadeira voou em minha direção.

– VÁ SE FODER, SUA ASSASSINA LOUCA...- Antes que Helen continuasse, tentei acertar o machado em seu rosto, a mesma se abaixou, me fazendo cravar a lâmina em uma parede. Senti algo voar em minhas costas, não fiquei surpresa ao ver que era apenas outra cadeira.

– Haha! Você acha que vai me parar jogando coisas? Se eu fosse você, começava a correr...- Falei retirando o machado da parede, indo em sua direção. A mesma começou a andar para trás, vi a oportunidade em uma janela que se posicionava atrás dela.

– Você sabe quem meu pai é? Ele vai te matar! Ele vai vir atrás de você! E da sua família!- Gritou Helen enquanto andava cada vez mais para trás, eu apenas sorri, girando o machado em uma de minhas mãos.

– Minha família está morta- Afirmei com um sorriso – E seu pai logo vai estar também, mande lembranças a ele do outro lado- Falei, dando mais um chute frontal, acertando sua bexiga e a fazendo voar da janela, ainda estávamos no primeiro andar, mas com certeza ela se machucou com todo aquele vidro estilhaçado em seu corpo. Coloquei um pé na frente do outro e saí pela janela, me deparando com Helen tossindo e sangrando, com pedaços de vidro em um de seus olhos, o resto do material se espalhava pelo seu corpo e rosto.

Fui até ela posicionando o machado para cortar, ela não tinha condições para se defender mais. Eu ri, cheguei perto de seu rosto com o mesmo sorriso de antes.

– Eu sei quem seu pai é, mas você sabe quem eu sou?- Perguntei para a mesma, que chorava de dor e medo, soluçando – Eu sou a Borboleta Monarca- Após dizer isso, levantei o machado pegando força em meus braços, o cravando em seu pescoço, fiz força até conseguir decapitar sua cabeça, o sangue jorrou em meu rosto e corpo, Helen não passava de um cadáver.

Tirei uma caderneta do meu bolso, riscando mais um nome "Bragga" em minha lista. Faltam poucos, no final de tudo, posso finalmente descansar em paz.

Refém - Duplo Cárcere Onde histórias criam vida. Descubra agora