Capítulo 19

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Narrador.

(Capítulo não revisado)

- Tem certeza que não quer ir tomar café da manhã?- questionou Joe.

Barbie se encontrava de baixo da grande coberta que havia na cama de casal no hotel em que passaram a noite.

Não queria ter que lidar com o mundo, não queria ter que lidar com os seus problemas, sentia-se cansada e sem ânimo nem para trocar de posição.

- A gente vai sair depois do meio dia, vou dar uma olhada na estrada pois o seu vôo saí às três horas.

Barbie apenas concordou com a cabeça, mesmo que o irmão não conseguisse enxergar ela se sentia mal em ignorar o mesmo. Só levantaria dali na hora de ir embora.

Barbie tinha acabado de colocar a sua mala no compartimento acima do seu assento, a despedida com Joe tinha sido dura, queria muito acordar no outro dia com seu irmão segurando um xícara de café ao seu lado e falando animadamente sobre o filme que havia assistido durante a madrugada.

Barbie se despediu com a promessa de que voltaria para visitar seu irmão no dormitório e que comeriam uma pizza de calabresa juntos no parque central.

Barbie se sentia triste ainda, mas não queria demonstrar isso diretamente quando encontrasse sua mãe, sabia que seria difícil segurar as lágrimas mas não queria preocupar a mais velha.

Saber que estaria de volta no seu casulo a tranquilizava, sonhava em deixar aquela cidade futuramente mas sabia que ali sempre seria o seu verdadeiro lar, sabia que jamais veria árvores e pássaros tão bonitos quanto os presentes na pequena cidade e que jamais encontraria o seu tão sonhado cowboy longe daquela cidade.

Gostava de cowboys pois eles cuidavam das mocinhas e eram fiéis, um sonho que tinha quando criança e que guardava secretamente em seu antigo diário.

No início da adolescência começou a gostar dos "BadBoys", eles tinham motos, eram frios com todos menos com as suas garotas, levavam elas para passeios de madrugadas e tinham cheiro de bala de menta e p
Bebidas de alto teor alcolico. Exalavam a rock's antigos e era bem definimos pela cor vermelha e provavelmente escreveram músicas sobre suas namoradas. Eram frios mas quentes na cama e deviam fazer de tudo por uma amizade sincera.

Queria poder mesclar a personalidade dos dois e criar uma imagem "perfeita" para si, alguém que respeitasse e amasse os seus defeitos. Queria viver o amor de forma livre, queria sentir arrepios quando ouvisse a sua voz, queria sentir paixão quando lembrasse de seu rosto, queria sentir saudade quando não conseguisse sentir o calor de sua pele.

Queria amar e respeitar, da mesma forma que queria ser amada e respeitada.

Queria enrolar os dedos nas madeixas de alguém e beijar a boca de paixão sempre que quisesse sem sentir vergonha, queria gritar que estava apaixonada e sentir o seu coração fora do peito.

Amar não é fácil, mas é delicioso sentir o amor e todo o tesão envolvido, não só de uma forma sexual mas também da forma mais pura e inocente, com o frio na barriga, os arrepios na espinha, as mãos geladas, boca formigando e a pele ardente em desejo.

Barbie queria amar todos os dias de sua vida, queria sentir todas as coisas possíveis e impossíveis ao mesmo tempo.

Assim que viu a mais velha a esperando no aeroporto de braços abertos, colocou o sorriso mais sincero no rosto e agradeceu por ter aguentado tudo o que passou para viver aquele momento acalorada entre mãe e filha.

Diferente de seu pai, sua mãe era seu anjo e tratava a filha como um tesouro, por mais que fosse durona e se preocupasse com todo mundo, ela era um exemplo de mulher perseverante e resistente. Queria ser um terço de tudo que sua mãe é.

Por mais que a vida não fosse fácil para a mais velha, ela jamais perdia a empatia e o carinho por todos, jamais perdia o brilho no olhar, o sorriso doce e voz calma.

Quando entrou no carro de sua mãe logo lembrou de Parker, esse cheirava como erva doce, falava como um anjo e sorria como um Deus grego, cabelos sedosos, pele beijada pelo sol, bochechas rosadas, braços fortes, pescoço comprido, olhar marcante, lábios rosados e carnudos, cabelos levemente ondulados na região da nuca que cabiam certinho entre seus dedos.

Parker poderia ser o seu Cowboy, poderia ser seu príncipe encantado e até mesmo seu BadBoy dos sonhos, poderia ser o futuro pai dos filhos que nem pensava em ter, apenas se fossem gatos e esses poderiam brincar com Max, que adorava gatos mesmo que quando andassem na rua ele parecia que iria destroçar com eles pela forma que latia.

Queria viver uma vida plena e tranquila com o seu quase cowboy, Barbie percebeu que pudesse estar apaixonada assim que se viu tendo uma família com Patrick.

Barbie estava realmente gostando daquele menino doce, intenso e caloroso.

Ela não poderia acreditar que todo amor era doloroso como o de seus pais, não poderia ser ruim consigo mesma e achar que merecia alguém que só a usasse para diversão, tinha o garoto perfeito em seus pensamentos e no seu coração.

Tinha Parker, o garoto dos olhos brilhantes e da pele beijada pelo sol, dos lábios doces e do rosto esculpido por anjos.

Amava o fato dele enxergar sua alma e desejar todas as partes existentes nela, amava o desejo envolvido e o respeito. Queria sentir sua pele quente e seu cheiro amadeirado refrescante por todos segundos, não cansava de repetir isso mentalmente.

Talvez Barbie realmente amasse Parker, não só estar com ele mas sim ele aí todo.

Era amor, paixão e desejo.







{ Oii gente, sei que demorei mas estou de volta, muita coisa rolou mas não passei um dia sem pensar em todo carinho que recebi de vocês! Vim deixar esse presente pra animar o fim de semana de vocês. Se cuidem, bebam água e fiquem saudáveis, esse capítulo é muito importante e íntimo para mim espero que entendam e gostem dele.}

Quente Como O SolOnde histórias criam vida. Descubra agora