Uma de suas mãos estava no meu pescoço, apertando o lugar certo para fazer meu sangue ferver, e a outra apertava a minha cintura.
Bastava uma mínima atitude sua e eu mudaria todo o meu discurso de que não me envolveria com meu inimigo. E como se soubesse dos meus pensamentos, foi o que fez.
Seus lábios bateram contra os meus e foi a melhor sensação que tive em toda a minha vida. Sua boca me dava uma verdadeira aula de como beijar, eu que mantinha a minha pose de mulher experiente, mesmo não sendo, me desmanchei como uma donzela em perigo sendo salva por seu príncipe com um beijo, e quando sua mão escorregou até a minha bunda eu ouvi o que parecia um gemido vindo do meu interior.
Que feitiço era este que estava lançando sobre mim?
Estava inebriada por seus beijos quando senti me afastar da porta do carro e logo em seguida, ter as minhas pernas erguidas para então, ser sentada no banco do carro.
Ah, sim, eu estava realmente enfeitiçada por seu toque, eu estava cedendo e quanto mais ele me dava, mais eu queria. Tanto que descaradamente arrastei minhas mãos por dentro da sua camisa e toquei em sua pele, dura e macia ao mesmo tempo, com um tanquinho definido.
- Ahhnnnnnnnn.
A minha pele arrepiou quando ele arrastou os dedos por dentro da minha coxa alcançando a minha calcinha. Era sufocante o prazer que sua habilidade me trazia, e ao mesmo tempo não queria parar, queria mais, mais, mais.
Senti quando um dedo colocou a minha calcinha de lado e em seguida me penetrou, e foi o ápice, tentando alcançar algo que não sabia, mexi meu quadril, em busca do desconhecido.
- Caralho, que buceta apertada.
Sua voz me tirou do meu estupor da minha insanidade. Olha onde eu estava chegando?
Reunindo meus últimos neurônios racionais, o afastei.
- Não! Você está louco?
Ele me encarava incrédulo, sim, eu sei que devo está passando como louca, a alguns segundos estava gemendo em seu ouvido e agora o estou renegando.
Não posso, eu simplesmente não posso, ainda mais depois de tudo o que aconteceu hoje. Depois do que eu ouvi.
Encarei seu corpo e vi a protuberância no meio de suas pernas, a minha boca descarada salivou com a imagem, e novamente me repreendi.
Não era porque não tive um homem dentro de mim, que era a imagem da inocência em carne e osso, eu só não tive a paciência de achar a pessoa certa para fazer com que este momento fosse marcante, mas devo reconhecer que já havia me tocado outras vezes e não foi nada perto do que Douglas estava prestes a me entregar.
Outra autorrepreensão, ele era alguém impossível. Olha de quem era amigo, as pessoas lá na festa eram em sua maioria bandidos, olha meu amigo, que eu sabia de sua profissão, tentando entrar no bando dele. Tenho certeza de que não gostaria de saber a resposta para as minhas perguntas, e o melhor, quando eu fosse aprovada, era só pedir licença para outro estado e levar meu filho comigo.
- Eu devo ter maior cara de palhaço nessa porra, pra tu tirar uma assim comigo.
- Você tem namorada.
- Há alguns segundos atrás, quando você estava rebolando a buceta nos meus dedos, isso não foi relevante.
Suas palavras agressivas vieram com a minha retaliação. Automaticamente a minha mão voou em seu rosto e se eu já o tinha visto bravo, agora eu o via sanguinário.
- A próxima vez que você ousar encostar a mão em mim, pode dar adeus a tua vida, vadia do caralho.
E como resposta eu recebi um tapa, o que me jogou no chão, porque a sua força era superior à minha.
Se eu poderia odiar este homem, mais do que eu fazia agora, não sei, mas se estivesse na minha casa, mudaria a fechadura para nunca mais tê-lo próximo a mim.
Sem saber o que fazer, ele me deixou ali no chão gelado e me deu as costas. Entrou no carro e não se importando com que distancia tomar, saiu como um louco. Ainda bem que eu me acheguei próxima à parede, senão era capaz dele passar por cima de mim.
Depois de ter lutado contra minhas emoções, fui até a cozinha e momentos depois, Adriana apareceu feliz por ter conseguido dar banho no meu pequeno e colocado novamente para dormir.
- Vem, vou te levar até um dos quartos, cadê meu filho?
- Saiu, não disse para onde ia.
- Esses homens, a sorte é que não sou uma mãe que fica no pé. Vem querida, vou te levar até lá.
E assim ela fez, me levou até um quarto de hospedes e depois de ficar sozinha, pude respirar em paz e pensar na besteira que poderia ter sucedido.
Queria meu anonimato novamente, porque sinto que toda essa história é como uma areia movediça, quanto mais mexe, mais eu me sinto afundando.
Talvez para não ter uma corda sempre ameaçando o meu pescoço, eu deveria fugir com meu filho, ou mantê-lo o mais afastado possível até que essa fascinação dessa família acabasse e Douglas nos deixasse em paz.
A quem eu queria enganar, olha como ele está envolvido com Lucas, olha como a mãe dele está envolvida com Lucas. Meu filho tem até um quarto aqui nesta casa.
Em vários tons, eu conseguia ver o quanto estava fodida.
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VIDA REAL ( DEGUSTAÇÃO)
RomanceAmores impossíveis são impossíveis de acontecer. Nada que começa mal, tem a probabilidade de terminar bem. Com Mariana e Douglas não poderia ser diferente, mas sempre há aquela exceção as regras. Douglas será capaz de superar seu ódio? Mariana será...