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HORA 19:37
LOCALIZAÇÃO: Cantina.

Após ser parabenizado por todos e ter recebido meus presentes, vejo pela primeira vez meu Pai, Elliot. Meu coração quase salta pela minha boca, tamanha é minha ansiedade. Ele carrega uma caixa. Mas como sempre me deu mais de um presente, espero que o outro seja a promoção. Ele se aproxima com um sorriso de orelha a orelha. 

— Feliz aniversário Bley! — exclama, e deixa a caixa no chão. — 19 anos meu garoto — ele me dá uma gravata e bagunça meus cabelos.

— Aí, saí — peço rindo, enquanto tento me desvencilhar — Não sou mais criança.

— Realmente — concorda e me liberta.  — Alcançou a maioridade hoje.

— É — digo sorridente.

— Meu garoto — orgulha-se. — Lembro de quando era apenas um bebê. 

Tsk. Não começa.

— Ok, ok — levanta as mãos para cima em sinal de rendição. — Vou ser bem direto e dar o presente, tenho que voltar aos meus afazeres logo — avisa.

O homem moreno pega a caixa do chão e estende pra mim. O sorriso de antes, só aumenta.

— Como está fazendo 19 anos — começou o famoso discurso. — A partir de agora, vem as responsabilidades de um adulto. Nada mais justo, que mostre suas capacidades com isso — inclina a cabeça.  — Feliz aniversário — repete e me entrega o objeto. 

Sento no chão com ela em minhas mãos, pois era meio pesado, e estava com medo de quebrar o que estivesse dentro. Abro,e para minha surpresa, uma das coisas mais raras da atualidade estava ali dentro. Um filhote de cachorro Golden Retriever, ou pelo menos, era assim que esse tipo de cachorro era chamado, segundo os livros de história. 

Não conseguia formular uma palavra. Estava tão feliz. Se meu primeiro presente já era esse, o segundo, só podia ser o que eu mais almejava. É se fosse possível, eu estava mais pálido que o habitual. 

— Ai meu deus — digo atônico. 

O cachorrinho pula da caixa e cai em meu colo, começa a lamber meu rosto, seu rabo balançando freneticamente. Em seu pescoço uma coleira de prata brilhava, e o nome Wendy, estava gravado . Em meio às minhas risadas, Elliot olha para mim com carinho.

— Sua responsabilidade, soldado, é cuidar de outro ser vivo. Cumpra com seu dever — pede, e  vai em direção a saída.

— Obrigado pai! — agradeço feliz.

Sala Um, 01:23Onde histórias criam vida. Descubra agora