Em um jogo onde a desconfiança se faz presente e a traição se torna necessária é necessária; é preciso mais do que uma carta na manga para conseguir derrubar os sete principais jogadores do Poker. Corações partidos, romances proibidos, amizades desf...
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|Toda guerra é baseada em engano.
♦️Engano♦️
Seoul, Coreia do Sul.
06:07 da manhã.
— JANE BLOSSOM! — gritou, revirei os olhos parando no meio do corredor para respondê-la. — Anda logo, se demorar mais um pouco não vai entrar!
— Mãe, já estou indo! — gritei em resposta, continuei meu caminho em direção ao meu quarto.
Adentrei o cômodo andando apressadamente até o guarda-roupas o revirando por inteiro a procura de uma roupa adequada. Vesti uma calça jeans escura, blusa branca de manga curta —sendo esse um dos uniformes do colégio — e minha jaqueta jeans de coloração azul marinho por cima.
Me considero normal. Uma jovem de 18 anos de idade morando com os pais e um irmão caçula de 11 anos, que na maior parte do tempo consegue ser bem irritante. Estudo em um colégio "insuportável" e tenho um emprego de meio período, onde encontramos, por exemplo, Stella Roberts. A insípida da minha superiora.
Insípida, palavra tão bonita para descrever um ser tão maçante quanto Stella. Aquela mulher me vigia 24 horas por dias, me rodeando como um abutre a espera do momento ideal para atacar a carcaça abandonada, atenta a qualquer erro meu. Somente para poder correr e contar á chefe para me demitir.
Acredite. Stella faz de tudo para se livrar de mim, claro, por motivos desconhecidos pela minha pessoa. Pois eu sou um anjo.
Com dificuldade, me levantei da cama tentando me equilibrar somente no pé esquerdo enquanto calço meu tênis no direito. Corri até o banheiro e penteei meus fios escuros em um corte long bob que bate em meus ombros, voltei para o quarto pegando minha mochila e correndo até a porta. Ao abrir a mesma, me deparei com o pestinha do meu irmão — também conhecido como Yuan — De cenho franzido e braço direito levantado prestes a bater na porta. E ele bateria, claro, se eu não tivesse aberto antes.
— Finalmente, Jane. Você é pior do que menina pra se arrumar. — cruzei os braços franzindo o cenho não me ofendendo com o suposto insulto. — Mamãe pediu para eu vir te chamar, já que a madame não saia do quarto. — bufou, virou as costas e saiu andando.
Desci as escadas seguindo o mesmo caminho que o meliante mirim, adentrei a cozinha encontrando minha mãe virando uma panqueca na frigideira sob o fogão, enquanto na mesa, meu pai lia seu jornal enquanto tomava seu café amargo em sua xícara preferida de porcelana bege. Quem lê jornal hoje em dia? Até os idosos têm internet, menos o meu pai pelo visto.
Na cadeira à sua frente, Yuan se encontrava sentado com as pernas cruzadas mexendo em seu celular enquanto comia uma torrada com geleia. Ao notar minha presença, ergueu seus olhos até os meus e os revirou.
