3 𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 - 𝑆𝑒𝑢𝑠 𝑜𝑙𝒉𝑜𝑠

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𝘼𝙧𝙩𝙝𝙪𝙧 𝙁𝙚𝙧𝙧𝙚𝙞𝙧𝙖

Quando meus olhos locarizaram que era realmente ela, meu coração acelerou. Procurei o sorriso lindo dela que me dava arrepios, mas a única coisa que eu ví foi a tristeza dela. Meu coração quebrou no meio e eu ví que o errado fui por não correr atrás dela. Ela continuava linda e eu cria que ela estivesse do mesmo jeito.

Meu coração desejou que eu tivesse junto dela, que eu pudesse olhar em seus olhos, que eu pudesse sentir sua doce voz falar comigo, que eu pudesse falar com ela e ver ela legal e carinhosa, que eu a provocasse como antigamente, desejei que seus lábios estivessem junto ao meu, e que eu pudesse sentir seu abraço que parecia quebrar todas as barreiras existentes. Será que era tarde?

Quando tomei coragem para ir falar com ela, um menino apareceu e sentou ao lado dela, uma insegurança tomou conta de mim, me fazendo sentar novamente. Não reconheçia aquele garoto de lugar nenhum mas sei que quando o olhar do garoto se encontrou com o de Elisa, que estava ao meu lado, a olhou e eu reparei em algo. Raiva? Ódio? Amor? Sei lá, ignorei.

- O que ele faz aqui? - Elisa bateu no braço do irmão.

- Quem? - ele olhou - Meu Deus é o Eduardo, nossa como ele cresceu! - Micael comenta e olha para Jéssica sorrindo.

- Para de me olhar assim criatura - Jéssica empurra a cabeça dele.

Logo percebi o jeito que Calebe ficou desconfortável com o olhar da Jéssica e do Micael.

Eduardo? Não me lembrava, quem é esse?

- Conhecem ele? - pergunto.

- Sim, ele era da nossa igreja a um tempo atrás, mas ai ele foi estudar longe, meu pai brincava com ele falando que ele iria casar com a Elisa - Micael explica.

- Eu odeio esse garoto. Ele continua o mesmo - Elisa faz cara feia.

Rimos pela sua cara.

- Como sabe se faz tempo que não fala com seu namorado faz um tempo?- Calebe brinca.

Nego com a cabeça rindo.

- Engraçadinho você hein Calebe - ela sorri - mas é porque eu reconheceria se ela tivesse mudado - ela explica.

- Ai com licença, ela saberia -Gael nós tira uma risada - brincadeira, Lili, te amo - ele manda um beijo no ar para menina.

- Também me amo - ela joga o cabelo na minha cara.

Meus amigos continuam conversando. Parece que eles não tinham percebido que a Isa estava ali. Talvez seja porque ela estava de costas.

- Arthur - Jessie sussurra - eu jurava que aquela menina do lado do Eduardo era a Isa, estranho não? - penso.

- É... - afirmo.

Fiquei apreciando-a de longe sem muito o que fazer ou falar. Ate que a vejo levantar e acompanho ela pelo o olhar.

Quando ia levantar para segui-la senti algo não me deixar levantar.

Logo após uma palavra em meu coração muito forte.

"sente-se, tenho um momento preparado já, não se apresse, meu tempo é bom. Se você ir falar com ela pode perde-la" - Deus fala ao meu coração.

Minha vontade era grande, mas era melhor obedecer a Deus do que viver me culpando por não obedece-lo.

[...]

Do mesmo jeito, que duas rotas se traçam muita das vezes não conseguimos ver a rota antiga do outro e nem a presente. Quando pessoas se desentendem, é como se ficasse uma van no meio dessas pessoas, por isso elas não conseguem ver o lado da outra. Essa van atrapalha os dois lados de verem e sentirem o que outro esta passando. Um tanto estranho porque normalmente nós conseguimos olhar para trás e ver como as pessoas estão. A culpa foi toda minha, e agora que eu entendi, vou lutar pelo meu relacionamento durar.

Teus PlanosOnde histórias criam vida. Descubra agora