𝗕𝗼̂𝗻𝘂𝘀 𝗜𝘀𝗮𝗯𝗲𝗹𝗹𝗮

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𝙸𝚜𝚊𝚋𝚎𝚕𝚕𝚊  𝙰𝚕𝚟𝚎𝚜

Queria tanto ter reencontrado ele antes. Eu o amo e sempre o amarei. Quando nos estavamos afastados implorei para Deus que eu pudesse ver ele, ver aqueles olhos provocantes, aquele jeito inteligente dele e aquele corpo bem malhado. Que foi? É verdade, sinto atração por ele, mas isso não quer dizer que não posso me controlar para esperar até o casamento.

Quando percebi a presença dele na cafeteria disfarçei, pois Eduardo já havia chegado do meu lado, imagina se ele me nota ao lado do Edu? Iria ser uma briga e tanto e como meu querido amigo, vulgo Eduardo, ama arrumar uma briga deixei para falar com Arthur em outro momento. Sei que Deus vai preparar uma hora para nos vermos. E uma hora que os dois entenderiam um o lado do outro. Ou eu espero.

Estava na minha cozinha terminando de fazer meu tão famoso musse de limão. Eu amava fazer aquela receita. Me lembrava de quando eu era criança, e eu e a Vitória estavamos correndo dentro de casa, quebramos o vaso da mamãe, ela ficou furiosa, mas assim que se acalmou, como pedido de desculpas por ter brigado com a gente, fez musse de limão, nunca ri tanto como pude rir naquele dia. O Arthur também estava lá, ele e Issac quase levaram toda a culpa por nos, por sorte deles minha mãe não brigou com eles.

São boas memórias!

Suspiro fundo colocando o musse na geladeira.

— Aí Deus. Estou a me sentir tão sozinha — comento com o único que me escuta 24 horas por dia.

" Você não está sozinha, filha. Lembre-se você sentir-se sozinha não é estar sozinha. Eu estou contigo pequenina." — Deus fala ao meu coração.

Meu coração fica quentinho e não me sinto tão sozinha.
[...]

Seus olhos eram tão penetrantes e lindos, quase senti meu coração sair pela boca quando seus olhos se encontraram comigo.

Meu coração dói se não te ver, minha alma chora se não escutar a sua voz. Volte pra mim, Arthur. Por favor.

Me levantei do lugar que estava e caminhei a passos largos até conseguir achar um lugar de segurança. A Igreja.

Adentrei o lugar e senti uma lágrima escorrendo pelo rosto. Logo me sentei em um banco e olhei para o teto deixando as outras lágrimas que estavam acumuladas sair.

— Senhorita Alves? Está tudo bem? — escuto uma voz grave e nada desconhecida.

Olhei para o meu pastor e sua esposa que o acompanhava.

— Tudo sim, só uma coisa entre eu e meu namorado...

— O Arthur Ferreira, amor — Elaine lembrar o marido.

— Como sabem? — o pastor sorri.

— Ele fala muito de você — me espanto — mas por favor, continue.

— A gente está bem distante, e estou pensando em terminar o relacionamento depois que conversarmos, é muito difícil essa situação  — mostro decepção — será que estou fazendo o correto?

Olho para os dois a minha frente em busca de um conselho.

— Reconheço que esteja em um momento um tanto complicado, mas tem certeza que é isso mesmo que Deus quer?  - o pastor me questiona – Por que pelo o que o Arthur me disse, o namoro de vocês tem um grande propósito, mas ore.

— Vamos te ajudar em oração, para que a vontade de Deus prevaleça —  a esposa do pastor fala para me fortalecer.

As palavras do pastor me fizeram refletir. Talvez isso realmente fosse mais a minha vontade do que a de Deus.

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