Capítulo 44

201 34 7
                                    

~°•⚪•°~

Teddy pov:

Minha mente era uma tortura para mim.

Memórias e barulhos de ambulância,
M

e deixavam desnorteado,o choro da minha irmã ao descobri era quase uma tortura para mim.

Agora eu estava de volta aos 16 anos, sentado no sofá da sala enquanto tentava fazer Selena dormir,deis de meses atrás na morte de minha mãe ela não conseguia dormir sozinha.
Din tentava ficar acordado enquanto estava sentado na poltrona a frente.

O barulho do relógio era irritante o que me fazia ficar ansioso,já era 4 da madrugada e meu pai ainda não tinha chegado.

Isso já tinha virado um costume deis da morte da minha mãe,ele saia para beber todos os dias de manhã e só voltava tarde da noite.

Porém dessa vez ele tinha passado do limite, já era bem mais tarde que o normal que ele voltava.

Me deixava preocupado e com raiva,daqui a algumas horas eu tinha que ir para a escola e depois ir ao trabalho que tinha arrumado em uma mercearia ao centro da cidade.

-Din deita aqui com a Selena.-Falei e meu irmão me obedeceu,ele se deitou da outra ponta do sofá encostando os seus pés nos de Selena.

Eu me levantei e os cobri com uma coberta.

Fui em direção a janela para observar a rua vazia e o céu que mostrava sinais do amanhecer.
Parei o olhar na casa ao lado,o que me fez ficar ainda mais triste.

Estava escura e vazia, ninguém tinha comprado aquela casa deis da mudança.
Olhei para a janela do quarto que um dia foi de cristal.

Eu tinha parado de responder suas mensagens deis da morte da minha mãe,não queria a preocupar e o melhor a fazer era afastar ela de todos os meus problemas.

Soltei um bocejo e coçei os olhos cansado,porém não podia dormir ainda,estava preocupado demais com o idiota do meu pai.

As vezes eu queria fechar os olhos e esperar que tudo voltasse como antes,onde para mim o mundo era colorido e alegre.

Ouvi o barulho de alguém batendo na porta e fui correndo para atender.
Um homem alto e barbudo com farda de policial tirou seu chapéu ao me ver.

-Desculpa o horário porém preciso falar com o seus responsáveis sobre o senhor João Alcapone.-O polícial falou o que me fez engolir a seco.

-Ele é meu pai,pode falar comigo mesmo, acredito que eu seja o único responsável aqui.-Falei dando um sorriso triste.

O homem pareceu ter dó de mim, porém não liguei,odiava que as pessoas sentiam pena de mim.

-Ele estava dirigindo bêbado...bateu em um caminhão...e infelizmente não sobreviveu.-O homem disse,senti que iria parar de respirar ali mesmo-Sinto muito garoto.

Aquelas foram as últimas palavras que escutei,minha visão ficou turva,eu não conseguia enxergar nada ao meu redor.
Tudo que eu escutava era vozes de pessoas desesperadas.
Minha garganta ardia e meus olhos queimavam por choro.

Eu tinha perdido tudo que eu mais amava,as únicas pessoas que eu tinha agora era meus irmãos,e eu iria fazer de tudo para dar um futuro bom para eles,mesmo que custasse o meu futuro.

You and meOnde histórias criam vida. Descubra agora