Capítulo 4

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Quem está presente? Boa noite! O combinado era eu voltar só domingo? Era! Mas tava escrevendo uma outra coisa e aproveitei para vir já atualizar aqui.

Me digam se estão gostando

Não esqueçam de avaliar o capítulo, um beijo e boa leitura

:)

Carina Ferrazza  p

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Carina Ferrazza p.o.v

Foi de repente

Segundos que pisei no quarto particular para visitar a pequena menina que tinha me deixado intrigada. Apenas segundos que olhei para a cama e pequenos olhos claros como o sol grudaram nos meus

Eles brilhavam em lágrimas não caídas, brilhavam em dor e desespero, pediam por socorro

Paralisei no canto do quarto, como se uma bolha tivesse se formado ao meu redor, me impedindo de mover qualquer músculo. Pisco diversas vezes, me sentindo entrar em pani pelos dois olhos claros agoniados cravados em mim

Minha paralisia é completamente cortada quando um choro forte surge aos poucos, de começo rouco, mas vai ficando potente e desesperado, só então me dou conta que estão movendo ela para fora do quarto

E isso a assusta

Olho para Austin que parece atordoado, tento abrir a boca para dizer algo mas ele só me dá um selinho

_ Amor ela tá completamente consciente, preciso ir acompanhar esses exames -- fala balançando a cabeça _ Me espera aqui, eu volto daqui a pouco!_ grita já sumindo pelos corredores

Fico parada no meio do quarto sem ter reação de me mover, vendo a bagunça que ficou aqui, lençóis espalhados e os tubos de respiração que estavam ligados em Amelia agora estão soltos no chão. As máquinas foram junto

Ouvindo o oxigênio escapar da cânula levo meus dedos trêmulos até o painel e com alguns toques faço o aparelho desligar e travo a saída de qualquer gás ou fluído

Algumas enfermeiras entram para arrumar a bagunça, a essa altura já estou sentada no sofá no canto do quarto, olhando fixamente para o chão e assim me mantenho

_ Ela está mexendo as mãos e o pescoço, com certeza não é um vegetal_ é a única coisa que ouço ela sussurrarem

Olho para as minhas mãos, lembrando que a algumas semanas elas acariciaram a pele suave daquela criança, e eu nunca me senti tão completa como naquele dia.

O cheirinho suave dela ainda está impregnado na blusa que eu estava naquele dia, blusa essa que confesso não ter conseguido lavar até hoje, ainda está no meu closet, cheirando a bebê

The Childs ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora