Possibilidade.
— Ouvi dizer que você protagonizou uma cena e tanto esta tarde — disse Jeongguk, empoleirando-se na beirada da cama.
Taehyung não se mexeu. Nem mesmo uma pálpebra.
— Estou exausto — foi tudo o que ele dissera.
Então, Jeongguk viu a bainha empoeirada do vestido que o esposo resolvera vestir naquele dia. Taehyung gostava dos modelos bem soltos e longos, deixando Jeongguk babando por ele.
— E sujo também. — ralhou sem realmente se importar.
— Muito cansado para tomar banho.
— Seokjin disse que Kyungsoo comentou que ficou muito impressionado. — iniciou o alfa. — Aparentemente, você arremessa muito bem para um ômega.
— Teria sido ótimo — respondeu ele — se eu tivesse sido informado de que não poderia usar as mãos.
Jeongguk riu.
— Que jogo exatamente vocês estavam jogando?
— Não tenho ideia. — murmurou Taehyung, soltando um pequeno gemido de cansaço. — Você poderia massagear meus pés, por favor?
Jeongguk se sentou mais para dentro da cama e levantou o vestido dele até os joelhos, embolando a peça ali.
Os pés do duque ômega estavam imundos, percebeu o alfa.
— Pelos Deuses! — exclamou ele. — Você estava descalço?
— Eu não conseguia jogar direito com os meus sapatos. — explicou Taehyung abrindo somente um olho para fitar o marido.
Jeongguk estava lindo com um terno negro, de uma alfaiataria japonesa, Taehyung reparou. O alfa sempre ficava lindo em qualquer peça, entretanto, para o ex Kim, os ternos eram as vestimentas que o deixava mais charmoso.
Muito embora Taehyung nunca admitisse para o próprio que ele ficava excepcionalmente bonito em qualquer roupa, seja terno, seja roupas de montaria, seja pijama ou, até mesmo, sem elas.
— Como Beomgyu-ssi se saiu? — perguntou o duque alfa, tirando Taehyung de seus devaneios a cerca do que ficava bom nele, o que era — em sua percepção que julgava ser aguçada —, absolutamente tudo.
— Ele, aparentemente, lança como um alfa. — disse Taehyung.
— Pensei que vocês não podiam usar as mãos.
Ao ouvir isso, Taehyung se levantou, indignado, e se apoiou nos cotovelos.
— Eu sei. Dependia do lado do campo em que se estava. — explicou ao alfa o que ouvira de Minseok, filho mais velho de Beomgyu. Pensando bem, Taehyung tinha certeza que eles o haviam enganado. Outrossim, MinSeok havia enganado o seu omma também, então, não estava realmente bravo pelo ocorrido se não fora o único ludibriado pelo alfinha. — Quem já ouviu falar de uma coisa dessas?
Jeongguk pegou o pé do esposo, fazendo uma nota mental para lavar as próprias mãos mais tarde.
— Eu não tinha ideia de que você era tão competitivo — comentou.
— É de família — murmurou o ômega. — Não, não, ali. — orientou, apreciando as mãos grandes e firmes de Jeongguk sobre seu pé. — Sim, bem aí. Mais forte. Aaahhh...
— Por que sinto que já ouvi isso antes — comentou Jeongguk entre malicioso e divertido —, só que em uma ocasião em que eu estava me divertindo muito mais?
— Fique quieto e continue massageando.
— Ao seu serviço, Vossa Majestade — murmurou ele, sorrindo quando Taehyung percebeu que ficava perfeitamente satisfeito em ser chamado assim. Depois de um minuto ou dois de silêncio, fora um gemido ou outro do ômega, ele perguntou: — Quanto tempo mais você quer ficar?
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Nossos Caminhos
FanfictionABO!au | 33×30 | Infertilidade(?) | Vottom | A família Jeon e Kim se uniram por meio do matrimônio de Jeongguk e Taehyung. Um casamento por amor. Um duque alfa e um ômega mais velho. O que se esperava era um herdeiro próprio. E os Kim eram muitos e...