A Sky Without Stars | Wolfstar

capítulo único

Oie!

Antes de começarem a ler, uma breve contextualizada: Remus e Tonks nunca tiveram um relacionamento além de amizade e o Teddy nunca existiu nessa fanfic. Eu sei que muitas pessoas gostam desse casal, mas, ao escrever a oneshot, eu imaginei que seria melhor fazê-los apenas amigos. Espero que entendam.

Boa leitura!

XXX

Os golpes eram feitos por si por puro instinto e reflexo, sua mente trabalhando a mil para se manter salvo e ajudar aqueles ao seu redor. Ele não sabia exatamente onde os outros membros da ordem estavam, tinha apenas uma leve consciência de que pessoas definitivamente jovens demais para viver uma guerra lutavam ao seu redor; os muitos corpos sem vidas e ainda com os uniformes das casas de Hogwarts mostrando que a guerra não tem piedade ou dó ao consumir tudo e todos á ela ligados.

No plano inicial, a ala em que se encontrava estaria isolada, porém, de uma hora para outra, Remus ouviu os gritos altos de medo e dor e, quando os seguiu, acabou se deparando com diversos alunos lutando bravamente e infelizmente perdendo; afinal, eram crianças de 17 anos – embora já fossem consideradas maiores de idade pelo ministério – lutando contra homens que tinham experiência em duelos e em magia negra. Ele obviamente se uniu a eles, conhecendo bem o medo que os rostos assustados transmitiam; as memórias da primeira guerra ainda vívidas em sua mente e corpo.

Quando só restavam três homens de Voldemort, Lupin gritou para que os jovens se afastassem e fossem lutar em outra ala, afirmando-os que ficaria bem e que logo se juntaria aos outros. Grande ilusão...

Ele então lutou contra os três em golpes rápidos, a varinha sendo uma extensão de seu corpo e protegendo-o e atacando com os mais diversos feitiços. Dois deles já estavam caídos no chão com os corpos sem vida, o único comensal faltando sendo conhecido por si: Antônio Dolohov, um dos mais antigos seguidores de Voldemort. Aquela não era a primeira vez em que se encontravam, tendo ambos já duelado meses atrás em uma missão da ordem a qual Remus havia sido designado. Ele se lembra muito bem o estado caótico e deplorável em que havia deixado o homem, assim como também se recorda de como ele gritou que se vingaria por ter sido humilhado de forma tão gigantesca pelo lobisomem.

"Irei te matar, Lupin. Você morrerá por um golpe da minha varinha, seu desgraçado mestiço."

Olhando agora para o homem, Remus via o ódio destinado a ele em seus olhos.

Talvez por se encontrar ofegante por causa da idade já avançada e os anos em que apenas maltratou seu corpo, ou devido ao fato de que em oito dias a lua alcançaria seu lugar no céu escuro com toda sua grandeza e exuberância, mas Lupin se viu temoroso; pela primeira vez o pensamento que não sairia vivo naquela noite se apossou de seu ser. Ainda sim, mesmo o medo corroendo seu interior, ele lutou. Feitiço atrás de feitiço, golpe atrás de golpe. Foram longos os minutos em que a disputa ocorreu, tendo perdido a oportunidade de levar o oponente ao chão em diversas vezes por ele ser mais ágil e desviar-se primeiro.

- Não pense que eu não irei cumprir com minha palavra, Lupin – disse Dolohov depois de ser atingido por um feitiço que o fez sentir toda a lateral esquerda de seu corpo queimar, erguendo-se do chão lentamente e dolorido – Você irá cair hoje e será pela minha varinha.

- Você fala demais, Dolohov.

Ele não viu acontecer para ser exato. Em um segundo se defendia de um feitiço lançado e no outro era atingido pela maldição da morte; o corpo indo de encontro ao chão a medida em que tudo ficava escuro.

"Talvez..." ele lembra de ter pensado antes de realmente perder a consciência "Talvez Dolohov tenha sido um ótimo aluno de Adivinhação".