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Terça feira, 01 de novembro de 2005

Praga, Romênia

Aquela poderia ser mais uma manhã tranquila de trabalho para Hermione Granger, mas estava bem longe disso. Não que ela não gostasse do que estava fazendo, mas ter sido enviada sozinha para um congresso em outro país, com um idioma completamente diferente era no mínimo entediante. Quer dizer, o Ministério tinha dado a desculpa de contenção de despesas, mas só um responsável pelo Departamento de Regulamentação de Criaturas Mágicas em trabalho de campo?

Era loucura, isso sim!

O XXVII Congresso Internacional de Animais e Criaturas com Potenciais Mágicos (CIACPM) estava ocorrendo naquele ano na cidade de Praga, na Romênia e muito embora pesquisadores de todo o mundo estivessem presentes, nem todos falavam inglês - o que a deixava com uma dor de cabeça na tentativa de compreensão de todos os trabalhos, já que com mais de uma pessoa seria fácil dividir a tarefa de tradução.

Mas ela já estava em solo romeno, mais especificamente no cadastramento para a primeira conferência, e não poderia reclamar.

Ao menos não por hora, já que com certeza faria isso uma vez que estivesse de volta.

Por enquanto, não havia nada que pudesse fazer a não ser esperar pela sua vez de falar na conferência. O Ministério Britânico tinha sido convidado pelos organizadores do congresso a falarem um pouco sobre o atual trabalho deles dentro do Departamento de Regulamentação de Criaturas Mágicas, e mais uma vez tinha sobrado para Hermione. Ela sinceramente esperava que os outros conseguissem entender a sua apresentação com gráficos e memórias, e não achassem que estavam falsificando dados.

Foi com muita confiança e nervoso que ela subiu ao palco e sentou-se na mesa quando foi chamada, deparando-se com uma centena de cabeças desconhecidas bem a sua frente. Sua apresentação era a terceira - e na altura que foi chamada para começar sua cabeça já doía pelo feitiço de tradução instantânea pelo trabalho romeno anterior.

- Bom dia a todos, meu nome é Hermione Granger, e estou representando o Ministério Britânico aqui hoje. Eu faço parte do corpo técnico do Departamento de Regulamentação de Criaturas Mágicas a quase quatro anos, e nesse período eu tive a oportunidade de trabalhar com a parte burocrática da regulamentação de lobisomens, assim como tentar ao máximo possível que seja revista a obrigatoriedade do registro de licantropia no Ministério. Entretanto, a apresentação de hoje nada tem haver com lobisomens, mas sim na revisão da publicação de Animais Fantásticos e onde habitam.

"Muitos de vocês podem se perguntar para que outra edição, já que estamos atualmente em sua 52°. Acontece que diversos fatos precisam ser revistos, devido a provas de situações contrárias. Eu fui participante ativa da segunda guerra bruxa, e sou a prova viva de algumas incorreções. Hoje apresento a vocês uma coletânea de memórias cedidas por mim e o sr. Harry Potter para estudos comprobatórios no Ministério, cedidos para a apresentação no Congresso.

Comecemos pelo Trasgo: atualmente ele está descrito como feroz e imprevisível - o que de fato ele é, mas nada que não possa ser controlado, principalmente por três crianças de onze anos.

Uma memória foi projetada bem ao centro do anfiteatro, todos os presentes chocados pela visão de um Harry Potter montado nas costas do Trasgo, sendo dependurado e Rony Weasley lançando o Wingardium Leviosa e desacordando o animal com sua própria clava.

Seguindo para as acromântulas: está bem explícito que nenhuma colônia foi encontrada no Reino Unido até então, entretanto....

A cena novamente mudou, desta vez para o ponto de vista de Harry, quando ele e Rony encontraram o ninho em seu segundo ano. As falas não importavam, apenas a aproximação de Aragogue e o ataque de seus filhos, assim como o enterro do rei das acromântulas anos depois.

O domador de dragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora