Șapte

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Acordando mais cedo do que deveria para trabalhar no dia seguinte, Carlinhos decidiu que usaria o tempo livre antes do seu expediente para buscar por Hermione e colocar a situação em pratos limpos. Eram apenas seis e meia da manhã quando munido de seu casaco e botas, ele saiu do Santuário, caminhando em direção a vila próxima. Olhando nas duas pousadas disponíveis, descobriu que a mulher havia sido vista pela última vez saindo do local no início da madrugada e desde então não tinha voltado.

Entretanto, se o sentimento de preocupação devesse ser o certo a ser sentido, Carlinhos a ignorou. Raiva dominou o seu corpo, já que sua mente estava convencida que ela apenas fazia isso para provocá-lo, mas onde poderia se supor que ele iria atrás dela fora do Santuário? Mas ao mesmo tempo... Ela não conhecia nada na Romênia, e se alguma coisa tivesse acontecido, e justamente por isso Hermione não tivesse voltado?

Com enfim a preocupação tomando conta do seu corpo, Carlinhos começou a traçar uma lista mentalmente de todos os lugares desertos possíveis e impossíveis em um raio de 1km - o que era muito difícil, já que ele jamais havia pensado como um maníaco, então qualquer lugar poderia ser o lugar - mas ele ao menos tentou.

A floresta do Santuário? Apenas loucos entravam lá sem autorização por ser uma área instável, e mesmo se entrassem, seriam disparados alarmes para os vigilantes.

Becos entre as lojas? - Ele verificou todos, e nenhum sinal de sequer vestígios animais.

Porões a céu aberto? Carlinhos passou uma hora batendo de porta em porta perguntando sobre a existência de um e sobre Hermione Granger, e muito embora seu cérebro tenha gritado claramente que ninguém diria que sim, tem um porão uma heroína de guerra está lá, ele sabia que ao menos havia tentado.

A última alternativa era ter aparatado, e nesse caso ele não poderia fazer nada sozinho - não que nas outras alternativas também pudesse - com a única solução sendo voltar para a Reserva e explicar o caso para o diretor e visitantes do Ministério, para aí tomar as providências necessárias.

Temeroso, Carlinhos voltou pela área mais afastada, ficando em alerta ao ouvir passos em uma área onde o único som deveriam ser de asas batendo. Puxando sua varinha, o homem conseguiu atacar com o elemento surpresa, prendendo o intruso contra a árvore mais próxima, com uma varinha de condão bem em sua jugular. Mas antes que pudesse proferir algum feitiço, ele enxergou melhor quem estava à sua frente.

-Hermione...?

Mas a mulher não estava em condições de responder, visto que o choque de ser atacada daquela forma por alguém como ele a dominava, levando a posição de encolhimento de autodefesa, o que imediatamente fez o roupão em seu corpo se afrouxar ligeiramente.

Carlinhos olhava a mulher com intensidade, em um misto de emoções. Queria esbravejar por tê-lo assustado daquela maneira, gritar por ser uma cabeça dura e ao mesmo tempo beijá-la até perder o fôlego, agarrado ao seu corpo por ter se exposto ao perigo entrando no Santuário desacompanhada de madrugada.

-O que estava fazendo no Santuário? Pedi que ficasse na Reserva... - Sua voz estava baixa, preocupado de verdade.

-Precisava de ar puro...

-E por isso foi de... roupão de banho!? O que aconteceu de verdade, Hermione? Como foi parar lá dentro?

-Estava com calor, só isso.

Carlinhos não entendeu a princípio, até que...

-Tomou banho no lago quase congelado de madrugada?!

E mediante a não resposta dela, Carlinhos pensou que sua saúde pudesse estar comprometida. Colocando o dorso de sua mão na testa da mulher para conferir sua temperatura, ele constatou que ela estava quente, mas ao tentar puxá-la para o seu colo a fim de chegarem mais rápido até o curandeiro da reserva, Hermione se afastou com força desconhecida para ele.

O domador de dragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora