Sentimentos confrontados

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Charlotte Page


Sinto que hoje será um dia tranquilo, merecemos um dia de paz, já que os últimos foram extremamente cansativos. Finalmente teremos um dia de filmes na caverna man, o Ray não nos deixou esquecer por um minuto. Lembro que tenho que ser rápida e então eu entro às pressas no meu quarto e deixo minha mochila em cima da minha cama e percebo algo diferente. 

– Deixei isso assim? – Pego o porta-retrato que está deitado e tento me lembrar se fiz isso, mas não recordo – Estranho... – Meu reflexo é olhar ao redor, mas tudo parece está normal – Tô ficando louca – Digo pra mim mesma antes de sair do quarto.

Saio de casa e vou em direção a casa do meu namorado. Encontro ele na porta de casa, me esperando como sempre.

– Já pronto? – Questiono surpresa. O mesma já caminha em minha direção e assim que chega me aperta com um abraço.

– É a saudades sabe – Ele fala enchendo meu rosto com beijos.

– Estávamos juntos na escola a horas atrás – Digo rindo.

Henry cessa os beijos e diz em seu usual tom cômico: – Eu sei, faz tanto tempo.

– Amo você – Digo o surpreendo. Eu entendo, já que ele é uma pessoa carinhosa e eu não.

– Amo muito você Char – Henry declara e me enche de beijos novamente. E então o relograma dele começa a apitar e ele atende, é o Ray.

– Parem de enrolação os dois e venham logo! – Ray grita irritado.

– Estamos indo Ray – O Henry responde e desliga o relograma. Seguimos então para a bugigangas.

[...]

– Esse garoto me irrita tanto, aah... minha vontade é de socar a cara dele – Henry fala irritado. Olho pra ele que em seguida diz:

– Você sabe que não vou fazer isso, é só a minha vontade - Se justifica.

– Ele só quer irritar você... – Digo o obvio.

– Dando em cima de você... aarg – Henry fala enquanto abre a porta da bugigangas e quando entramos, nos deparamos com algo inesperado.


Há duas pessoas exatamente iguais ao Henry e eu, parados na nossa frente. Fico em choque e acho que o Henry também. Meu olhar vai de um ao outro, tentando achar algo de diferentes neles, mas não acho, eles são idênticos a nós.

– Que-m-m são vo-ocês? – Tento falar, mas minha voz quase não sai.

Os dois se entreolham e a garota que é exatamente igual a mim dá um passo à frente, o Henry dá um passo ficando na minha frente.

Ela levanta as duas mãos e diz: – É uma história muito longa – Até a voz dela é igual a minha – Mas nós somos vocês de outra dimensão.

– O que? – Henry exclama, tão confuso quanto eu.

– Dimensão? – Questiono tentando me lembrar da última vez que ouvi essa palavra.

– Sim, há várias, milhares... Nós só queremos a ajuda de vocês, só isso – Seu pedido parece ser sincero.

– O que fazemos? – Henry questiona no sussurro. Eu não consigo pensar em muitas alternativas. Ter alguém exatamente igual a você na sua frente não ajuda muito.

– Vou chamar o Ray – Sussurro para ele a única coisa que consigo pensar. Vou atrás do balcão, e aperto um dos botões e volto para o lado do Henry. Os dois permanecem parados a pedidos de Henry.

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