Senhor

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- Amanhã você volta pra escola! Falo em um tom de animação, eu queria muito ir, voltar pra minha rotina normal, mais não podia.

- Eba! Ele fala com 0 animação o que faz eu rir.
- Porque tá rindo? Ele pergunta também rindo.

- Da sua animação contagiante!

- Eu adoro a sua risada, adoro ver você feliz me faz.. me faz bem ver você feliz! Então fico vermelho.
- Você tá feliz? Ele parece preocupado.

- Nunca estive tão feliz em toda minha vida, apensar da situação do meu pai! Sou sincero, ele me olha como se eu estivesse mentindo.
- Na verdade, já teve uma vez que me senti mais feliz que agora!

- Qual? Ele pergunta curioso.

- No dia que você decidiu entrar no meio do meu banho que nem um maluco! Ele ri e inclina a cabeça pra trás, muito fofo, nossa, muito.

- Pensar que tudo poderia ter dado errado aquele dia!

- Como assim? Minha vez de ficar curioso.

- Pensa se você tivesse mandado um " sinto muito mais sou hétero!" Então começo a gargalhar com ele imitando a minha voz.

- Porque tá rindo? Ele diz rindo ainda mais, minha risada não era muito normal, como o Paulo mesmo diz: risada de pato engasgado.

- De você ter esse medo, só faltava eu tatuar na minha testa: sou apaixonado pelo Cooper! Então ele ri.
- Acredita que eu fiquei com medo do nosso beijo não encaixar!

- Como assim?

- Tipo, não combinar, não ter química! Admito.

- Não é porque eu gosto de você, mais a gente tem química física e biologia! Então solto uma risadinha.
- A gente tinha química de amizade, claro que ia ter na pegada!

- Mais você não ficou com medo de não rolar na hora?

- Claro que fiquei, mais fiquei com mais medo de perder sua amizade, porque se não desse certo o beijo, a gente fazia dar! Então dou um sorriso, então ele para na porta da minha casa, meu pai tinha entrado na garagem e o Paulo estaciona de fora.
- Tá tudo bem?

- Tá! Minto, tava nervoso, mais o Paulo tava aqui e ele ia me proteger.

- Ele não vai te encostar a mão, eu tô aqui, não vou deixar isso acontecer, pode ter certeza! Ele parece ler meus pensamentos, então descemos do carro e entramos na casa.

A casa não era tão grande quanto a do Paulo, mais era aconchegante, tenho lembranças daqui, é familiar, só não é" claro" mais tenho certeza que daqui a pouco consigo lembrar de tudo que eu vivi aqui nos meus 18 anos.

- Quer comer alguma coisa querido? Minha mãe pergunta andando até a cozinha enquanto eu e o Paulo sentamos no sofá, Isa e meu pai sentam no sofá também, fico com a cabeça baixa, queria poder abraçar o Paulo pra me dar aquela sensação de segurança, mais não posso.

- Não, obrigado mãe!

- Eu quero mãe! Minha irmãzinha grita.

- Como você tá Scott? Meu pai pergunta sério, Isa tinha ligado a tv e tava sendo iCarly, então respondo sem olhar pra ele.

- Bem, e você? Me arrependo imediatamente.

- Me chama de senhor! Ele me repreende, olho pro Paulo pelo canto do olho e vejo que ele ta com a cara fechada também olhando pra televisão.

- Bem e você senhor? Repito como se nada tivesse me afetado.

- Vendo minha família, ótimo! Então concordo com a cabeça, tava um silêncio constrangedor, até minha mãe aparecer.

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