O Diário de um Ninguém

Os esquisitos

Em busca de minha mãe pelas terras vasta de Eleanor, me encontro no centro do grande reino. Olho para os lados com meu capuz escondendo meu rosto, segurando a bainha da espada de meu mestre. Passando pelas variadas pessoas, chego em uma grande praça a frente do grande castelo que emanava riqueza e esplendor. E logo escuto chamando minha atenção mexendo seu pequeno braço esquerdo, um mago com seus 1,60 de altura e roupagem roxa, com detalhes pretos e seu chapéu pontudo. Olho para ele com receio e dou um passo para trás, agarrando meu manto, o puxando para baixo afim de me esconder, mas de nada adianta, já que o pequeno mago continua a marchar para cima de mim. Ele para ao meu lado e me encara. 

- Sinto uma sensação estranha vindo de você – o pequeno ser fala. O olho com insegurança e seguro com um mais um pouco de firmeza em minha bainha. 

- Não sei do que está falando – falo em seguida. 

Ele suspira e coloca sua mão no queixo. 

– Você é do abismo não? – ele fala e se aproxima levemente. 

– Nã-não – gaguejo sendo pego desprevenido de uma pergunta tão certeira. 

Solto um longo suspiro e volto a olhar para frente dizendo. 

– Olha, preciso seguir meu caminho para o castelo – respiro fundo, pensando que seria o fim da conversa, enquanto dou passos para frente. 

- Eu estava indo ver o rei – o pequeno mago fala seguindo meus passos. 

Paro e penso um pouco e para me poupar de tanto trabalho, me viro, olhando para o mago. 

– Você vai para o castelo? – falo ainda meio confuso. Vejo seu sorriso confiante aumentar por de baixo do grande chapéu. 

– Exatamente! O rei me deu uma missão de resgatar um item que ele precisa, lá longe! – o mago aponta para uma direção aleatória. 

"Será que é bom confiar nele?" confirmo com a cabeça meu próprio pensamento e me aproximo, soltando a mão da bainha e erguendo em direção do mago. 

– Posso ir com você? – digo confiante que ele irá aceitar. 

– Claro, mas terá que fazer parte da minha equipe na missão, certo? Certíssimo né! – o mago fala apertando minha mão com força. 

Olho meio surpreso e viro meu olhar para os lados sem saber o que fazer.

– Eu... Eu? Não pode ser outro? – falo puxando minha mão. 

– Olha, é um trabalho fácil, é só ir lá e pegar o item – ele me olha como se já tivesse me declarado de seu grupo. O encaro suando um pouco, mas mantendo minha expressão séria "E agora? O que eu faço? Um trabalho rápido pode ser bom, dinheiro fácil como dizem não é?" respiro fundo e estendo minha mão novamente em direção ao mago. 

– Pode ser – falo enquanto ele aperta minha mão rapidamente, apertando com certa força. 

– Beleza! Prazer... Qual seu nome pessoa? – ele me pergunta inclinando a cabeça para o lado levemente. Penso em mentir meu nome com medo, mas como um péssimo mentiroso que sou apenas falo a verdade. 

– Aflan – e o mago me responde em seguida. 

– O meu é Gles! – ele solta a minha mão, e coloca as suas mãos em sua cintura, e se vira em direção ao castelo. 

– bem Aflan, nosso destino é para lá, então pare de balela e vamos! – Gles fala dando alegres passos em direção ao castelo, ignorando a atenção que atraí para si enquanto passa pelas pessoas a sua volta, atrapalhando o caminho das mesmas, e logo para, abrindo seus olhos rapidamente, como se tivesse lembrado de alguma coisa importante. Gles coloca as mãos na cabeça, pegando na borda de seu chapéu, puxando para baixo.