Leilão - WangXian & XiCheng

Leilão - Capítulo Único.

Em um salão, numa área rica de uma das cidades mais conhecidas da China. Estavam reunidos diversos homens e mulheres, pessoas do mais puro requinte, enquanto uma mulher estava na frente, acima de um palco improvisado, com um vestido provocante na cor vinho, e com um pequeno martelo nas mãos.

O salão poderia abrigar confortavelmente 500 pessoas, haviam diversas mesas por todos os lados, garçons servindo os convidados com aperitivos, espumantes e vinhos caríssimos, apenas para atender aos padrões dos presentes. Embora os convidados vestissem trajes de gala e os vestidos das mulheres naquele evento não fosse o mais apropriado naquela noite, já que estava frio. O salão estava sendo aquecido por uma lareira grande, o que deixava o ambiente ainda mais aconchegante.

Com cortinas na cor creme por todas as grandes janelas, e lustres de iluminação dourada, as paredes brancas e sem vida, não eram preocupantes, já que com as luzes o salão ficava esplêndido, digno das pessoas de classes mais altas, o que realmente estava acontecendo.

– Vamos lá, é só levantar a mão com a plaquinha e dar um lance! E se ele for na casa do milhão... Podemos conversar de forma privada! – dona de um sorriso sedutor para uns e irritante para outros, a mulher acima do palco pouco se importou, continuando apenas a leiloar as peças. Era essa sua função, fazê-los gastar.

Haviam diversos vasos caros, muitos itens eram roubados, réplicas de obras famosas ou até mesmo verdadeiras, que haviam sido levados por ladrões e contrabandistas. Além disso inúmeros quadros e todos os tipos de especiarias!

Em um lado ao fundo, um homem já não aguentava mais aquela ladainha, seu irmão havia comprado uma flauta de Jade belíssima! Entretanto ele apenas ouvia calado, ambos eram as pessoas mais influentes daquele lugar. Eles estavam acompanhados do segurança que era um amigo de infância dos mesmos. Eles usavam um smoking branco, enquanto o segurança usava um terno preto fino.

De repente o último item foi trazido para ser leiloado, e todos notaram que não era uma peça, eram três, você poderia escolher uma ou as três, onde elas se encontravam, estava escuro e pareciam ser carregadas por três pessoas! Então nem os itens, e nem quem as traziam poderiam ser vistos de forma clara.

Quando a mulher que fazia o leilão os trouxe para a luz, finalmente todos puderam ver, e para a surpresa dos presentes não eram peças, e sim quem supostamente os traziam que iriam ser leiloados, três garotos, eles pareciam muito magros e judiados, e em seus pulsos haviam correntes que os impediam de fugir.

Os três estavam assustados, mas ainda sim eram belos. A mulher no palco logo começou a descrevê-los, qualquer outro poderia pensar que era exagero, e que ela queria apenas vender os três, mas eles realmente eram perfeitos. Apesar de tudo, do medo estampado em seus rostos, o ar inocente em não acreditar que aquilo estava de fato acontecendo os deixavam ainda mais envolventes.

– Vejam só, isso sim é uma peça de luxo! – ela puxou o do meio o levando para a frente! – Olha essa cintura fina, esse tórax magro e definitivo, essa pele macia, e esse bumbum farto, gostoso de pegar, um rosto adorável, com um sorriso penetrante, um acompanhante que vale muito! E ele pode ser seu... Pelo valor certo, é claro!

Ela o colocou novamente no lugar onde estava e pegou o outro ao seu lado! Mas ele relutou antes de ser puxado para frente com força o obrigando a se mexer.

– E este aqui, olha que belos olhos, essas cores parecem verdadeiras jóias. Ele parece ter um espírito forte, perfeito para um bom dominador! Também tem uma cintura fina, os músculos um pouco mais definidos que o outro, mas a pele é tão macia quanto! E uma bunda, de dar inveja! – ela sorriu exibindo o batom vermelho exagerado!

Este também foi colocado de volta no lugar e enquanto o terceiro era levado para frente, os irmãos se entreolharam surpresos, achando aquilo um absurdo. Mas encantados pelos dois apresentados. A beleza deles parecia ser indomável. O do meio assemelhava-se entre eles como líder, ou pelo menos o mais velho.