Cap 1

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S/n on

Lá estava eu, abraçada novamente ao meu irmão, apavorada com os gritos de nossa mãe.

Akemi: PARA, POR FAVOR. CHEGA. AS CRIANÇAS NÃO PRECISAM VER ISSO - como sempre, mamãe estava preocupada conosco. Meu irmão apertava cada vez mais minha camiseta, que, a esse ponto, já estava molhada com suas lágrimas. Até que tudo ficou em silêncio. Meu irmão olhou para mim apavorado.

Takeshi: A mamãe está bem? - disse com a voz chorosa.

S/n: Se esconde embaixo da cama - ele concordou com a cabeça e obedeceu. Pode ser estranho eu estar pedindo isso, mas é pela segurança dele. Não posso arriscar que meu pai faça mal a Takeshi, não posso ariscar a vida da pessoa mais importante para mim.

Fui em direção à cozinha, onde minha mãe e meu "Pai" estavam. Quando cheguei, travei na porta. Lá estava minha mãe inconsciente, com a cabeça sangrando. Meu "Pai" estava de pé em frente a ela, segurando uma garrafa de cerveja quebrada. Quando me viu, veio na minha direção, olhando-me com expressão de raiva.

  *POR QUE ELE ESTÁ COM RAIVA? QUEM DEVERIA ESTAR COM RAIVA, SOU EU.*

Peguei uma faca que estava na bancada e a apontei para ele.

S/n: Se você se atrever a se aproximar, EU te mato - disse com fogo nos olhos.

Koji: Oh, minha princesa, você não tem coragem suficiente para me machucar. Aliás, você é uma inútil, que não serve para nada, além de apanhar, me fazer gastar dinheiro e me dar trabalho- disse, se aproximando de mim.

S/n: você nunca ajudou financeiramente,nunca trouxe dinheiro para casa! E você sempre fez questão de ser ausente na minha vida, então como eu poderia te dar o mínimo de trabalho? Minha mãe foi quem sempre trabalhou para colocar comida na mesa e nos dar o suficiente para que possamos sobreviver, você nunca fez merda nenhuma por essa família - segurei o cabo da faca com firmeza

Koji: sua vadiazinha ingrata - ele se aproximou e tentou me segurar mas desviei.

S/n: Eu te avisei - disse, já enfurecida. Dei uma facada em seu ombro, o que o fez gritar de dor.

Koji: Sua puta desgraçada - ele tentou me dar um soco, mas eu dei outra facada nele o fazendo cair no chão, e sem pensar cravei a faca em seu corpo de novo, e de novo,e de novo,e de novo...

Takeshi: S...S/n - paralisei e olhei para trás. Lá estava meu irmão, me olhando assustado. Senti meus olhos se encherem de lágrimas.

S/n: O que eu fiz? - falei baixo para mim mesma enquanto encarava minhas mãos cheias de sangue,sangue daquele que um dia eu vi como um Herói, sangue daquele que eu sempre implorava por atenção mesmo sabendo que nunca teria, daquele que eu esperava ver nas apresentações de dia dos pais porém nunca apareceu, daquele que um dia teve minha admiração mesmo nunca tendo amor e carinho do mesmo. Senti pequenos braços rodearem minha cintura.

Takeshi: Não importa o que você fez, você é minha irmã mais velha, eu sempre vou te amar - o abracei de volta e desabei em lágrimas.

- Aqui é a polícia, abram a porta - depois disso, escutamos a porta ser arrombada. Quando olhei para a porta da cozinha, vi quatro policiais entrando. Um deles foi em direção à minha mãe.

Policial 1: Ainda tem pulso - disse, e senti um alívio enorme.

Policial 2: Este também. Enviem duas ambulâncias para a rua xxxx, casa xx - disse no rádio.

Policial 3: Ei, crianças, vocês poderiam me dizer o que aconteceu? - disse gentilmente uma policial. Eu tentei falar, mas minha voz não saía, só conseguia chorar. - Quantos anos vocês têm?

Takeshi: Eu tenho 6 e minha irmã tem 13 - disse com a voz fraca. Começou a chorar novamente no meu colo.

Policial 4: Vai ficar tudo bem, vamos esperar a ambulância lá fora - fomos para o lado de fora de casa. Eu e Takeshi ficamos sentados na calçada. Uma das policiais pediu para meu irmão para falarmos a sós.

Policial 4: Bom, eu sei que pode ser difícil, mas preciso que você me conte o que aconteceu - eu sabia que uma hora ou outra eles iriam me perguntar isso.

S/n: Meu "Pai" chegou bêbado e com cheiro de perfume feminino, o que não é novidade. Ele sempre agride minha mãe, mas hoje ele... E tudo culpa dele minha mãe estar naquele estado. Não me arrependo nem um pouco de ter feito aquilo com ele e faria tudo de novo se fosse para proteger minha mãe ou meu irmão - contei todos os detalhes para ela.

✨ Quebra de tempo ✨

Estou sentada ao lado da minha mãe no hospital. Takeshi está dormindo na poltrona ao lado. Tivemos a notícia de que nosso "Pai" tinha morrido a caminho do hospital. Acabei sendo acusada de assassinato, mas a policial que conversou comigo deu um jeito de eu poder ficar com a minha mãe e meu irmão, pelo menos até ela acordar. Depois, haverá uma audiência para decidir minha pena. A policial que conversou comigo mais cedo ficou um pouco brava porque queriam acusar uma criança de assassinato. Segundo ela, eu só estava me defendendo.

Sinto minha mãe apertar minha mão e peço para Takeshi chamar o médico.

Akemi: Minha pequena - disse com a voz fraca.

S/n: Ma... mamãe - disse chorando de felicidade por vê-la acordada.

✨ Quebra de tempo ✨

Juiz: Hoje estamos aqui para decidir a pena de S/n Nakamura pelo assassinato de Koji Nakamura.

???: Onde que esse mundo vai parar, meu Deus. Só hoje já é o segundo caso onde uma criança comete um assassinato.

???: É mesmo! Qual é o nome do garoto que foi julgado hoje pelo mesmo motivo dessa menina?

???: Se eu não me engano, é Kazutora Hanemiya - interessante.

Pessoa qualquer do júri: Decidimos que a ré pague a pena máxima de três anos em um reformatório.

Juiz: Bom, então a menina irá para o reformatório ainda hoje, junto com o acusado Kazutora Hanemiya. Tenham todos uma boa tarde.

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Oi pessoal !!!!
Primeiramente já venho avisar que a sua aparência vai ficar por sua conta !

Segundo, nesse cap o Kazutora
tem 13 anos também!


Beijos 😘

Somente minha- Imagine Kazutora Onde histórias criam vida. Descubra agora