02 - Ombro amigo, óculos e aparelho móvel.

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estava tão ansioso para postar o penúltimo capítulo que não me aguentei e estou aqui! espero que gostem, mesmo.

boa leitura!

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Jeongin sentia-se um grande bobão perto do estudante de ciências sociais, era praticamente impossível não admirá-lo fazendo ou falando qualquer coisinha. Depois daquele dia, o mais baixo devorava poemas e mais poemas da segunda geração romantista, mas sentia mesmo era vontade de declamá-los para seu mel. 

Ultimamente o rapaz estava numa onda de pessimismo forte, e infelizmente seu amigo percebeu aquilo; não queria preocupá-lo, odiava preocupar os amigos, principalmente ele. Ajeitou o óculos sobre o nariz charmoso, soltando um suspiro frustrado em seguida. Seus pensamentos ultimamente se resumiam a imaginar como seria dividir momentos românticos com Kim, andar de mãos dadas, ou beijá-lo até seus pulmões doerem, estava tão apaixonado. Mas parecia tão longe...

Recolheu seus materiais para guardar na mochila, deixando-a de lado e, em seguida, saindo em passos lentos até o refeitório. Estava muito centrado em pensar num certo rapaz de sorriso brilhante que nem notou quando esbarrou em alguém sem querer, levantando a cabeça rapidamente e notando Jisung a sua frente; ele também era do mesmo curso de Seungmin e eram até amigos, não tinha tanto contato com ele mas, sabia que era um amor. 

— Me desculpe, Hyung! Você se machucou? – As bochechas do estudante tomaram um tom avermelhado por vergonha. 

— Não é nada, Innie! e eu estou bem. – O mais velho gesticulava com pressa, não querendo que Jeongin se preocupasse. — Estava justamente te procurando! O Minnie... ele não tá muito legal. 

Ao ouvir aquilo o coração do Yang disparou, arregalando levemente os olhos; o que tinha acontecido com seu mel? seu peito começava a doer só de pensar em vê-lo daquela forma. 

— Onde ele está? – Caminhou pelo corredor com pressa, sendo acompanhado pelo Han, lhe dizendo que ele estava no refeitório. — Fizeram alguma coisa com ele? 

— É, fizeram sim. Descobrimos que uns alunos da nossa sala tavam falando mal dele... Sabe como ele é grilado com essas coisas. – Um resmungo triste pode ser ouvido, Jisung ficava realmente chateado com aquela situação, queria proteger seu amigo de todas aquelas pessoas idiotas.

Chegaram ao refeitório encontrando o Kim sentado em uma das mesas mais afastadas, com o rosto entre os braços; Jeongin sabia que ele odiava chorar, mas numa situação daquelas era realmente difícil aguentar.

  Sentou-se ao lado do rapaz, abraçando com força o amigo ouvindo um suspiro que beirava o alívio do Kim que no mesmo instante retribuiu o gesto, encostando o rosto no peito alheio.

  — Não precisa se preocupar, Innie eu- 

  — Claro que precisa, seu nariz está vermelho e seus olhos brilhando pelas lágrimas.– Acariciou os fios castanhos enquanto falava, ajeitando o óculos torto no rosto. — Jisung Hyung me contou tudo.

  — Linguarudo! Sabem que eu odeio preocupar vocês… – Se emburrou, fazendo um bico e cruzando os braços.
 
  — E é aí que ficamos mais preocupados, seu cabeçudo! Eu vou deixar vocês conversarem a sós, vou procurar o Minho. Melhoras, doguinho!

  O bochechudo sorriu carinhoso acalmando o coração dos dois rapazes que sorriram também, observando o mais velho sumir de seu campo de visão ao atravessar a porta do refeitório; Yang ajeitou sua postura – sem desfazer o abraço – agora podendo ver o rosto de Seungmin melhor, levou o polegar rente ao olho para secar uma lágrima que caiu, sorrindo pequeno. Ele tinha uma mentalidade muito forte na maioria das situações, mas quando estava apenas os dois, o moreno não tinha a mesma força; era como se Jeongin fosse  pessoa com quem ele não precisava nem queria demonstrar-se tão forte, e era. 

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