oláa! finalmente o último capítulo :(
eu demorei assim porque a escola tava me tomando muito tempo, então o tempo que tinha era para descansar. mas enfim, aqui está ele!
espero que gostem, boa leitura!
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Faziam dois dias que o estudante de letras ponderava seriamente deveria ou não declamar o poema para Seungmin, será que ia ficar muito na cara? A ideia lhe deixava levemente receoso. Às vezes seu peito ardia tanto ao vê-lo que até arriscava checar se não lhe tinham posto uma brasa ali ou talvez ele tivesse. Era um poema do autor Álvares de Azevedo, chamado Amor; tinha lido-o a umas semanas e assim que leu os primeiros versos lembrou – quase que automaticamente – do estudante de ciências sociais.
Poderia dar a desculpa de que era apenas um poema que tinha sido passado em aula e ele gostara muito, oque não era de todo mentira… era uma mentirinha do bem, vai!
Além disso tudo, sua tão desejada formatura chegaria em apenas uma semana, mais especificamente ao final dela. Obviamente tinha convidado – praticamente obrigado – o rapaz, mas antes mesmo que ele o fizesse sabia que ele iria com todo prazer, oque lhe deixava bobão. Era incrível a maneira que ele lhe deixava atônito, sem saber oque dizer, então apenas admirava-o… Ele parecia tão longe.
Às vezes se lembrava da “visão” que teve, onde o Kim estava em um pedestal; pleno e intocado como uma flor que acabara de florescer. Ele era tão lindo, carismático, sociável… totalmente diferente de si que era bem mais tímido e introvertido, aos seus olhos o rapaz merecia alguém melhor ao seu lado e, esse alguém não era ele, não poderia ser. Talvez ler tantos poemas românticos tenha mexido um pouquinho com aquela cabecinha de vento.
Era hora do intervalo, o momento perfeito para que pudesse recitar o poema para Seungmin. Era isso, estava decidido, pegou a folha onde tinha anotado às pressas a obra, respirando fundo e caminhando para fora da sala; depois do dia em que contou a notícia fabulosa a ele, passaram a se encontrar mais ali por ser um lugar sossegado e que os outros alunos nem ligavam muito para existência, oque era bom para eles. Sentou-se em um dos bancos de pedra, tendo sido o primeiro a chegar ali, iria esperar pelo mais velho.
O Que não foi muito pois em alguns minutos pode ouvir a voz melodiosa do moreno lhe chamar, fazendo seu peito errar uma, duas, três batidas, eram mais do que podia contar. Ele se sentou ao seu lado, sendo recebido por um abraço fortinho deste, era o melhor abraço do mundo!
— Oi Innie! Está tudo bem? – Assentiu, olhando para a folha em mãos sendo acompanhado pelo Kim naquela ação. — O que é isso?
— É um poema… Acabei encontrando faz alguns dias e gostei bastante. Você quer ouvir?
— Claro! Por quê não?
— Certo… Chama-se “Amor” do grande Álvaro de Azevedo. – Respirou fundo, sorrindo para conter um pouco do nervosismo, ajeitando o óculos sobre o nariz. — Amemos! quero de amor
Viver no teu coração! Sofrer e amar essa dor que desmaia de paixão!O moreno ondulado começou com um pouco de vergonha mas, à medida que falava e ouvia-o próprio falando sentia-se mais seguro e inspirado a continuar. — Na tu'alma, em teus encantos e na tua palidez e nos teus ardentes prantos suspirar de languidez! – Levantou-se, ainda com o papel em mãos contudo, não precisava olhá-lo com frequência para saber quais palavras dizer, tinha lido tantas vezes aquele poema… Bendito seja Kim Seungmin!
— Quero em teus lábios beber os teus amores do céu! – Agora as bochechas do Yang tinham sido pintadas levemente de vermelho, aquele verso lhe deixava envergonhado e fazia-o imaginar coisas que o deixavam anestesiado. — Quero em teu seio morrer no enlevo do seio teu! Quero viver d' esperança! Quero tremer e sentir! – Jeongin agora já falava mais alto, gesticulando como se estivesse numa peça de teatro, como se o eu lírico fosse ele, Como se ele sentisse tudo aquilo, oque deixava o Kim ainda mais surpreso e orgulhoso daquela atitude louvável vinda de seu príncipe.
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New romantics
FanfictionJeongin era um romantista nato, adorando ler um Álvares de Azevedo ou Gonçalves Dias, mesmo numa época tão diferente de quando foram escritos e, depois de uma aula na faculdade, começou a pensar constantemente naquilo: no romantismo. Se indentifica...