Capítulo 3⃣7⃣: Vás matar o William?

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Louis on
Meu coração parecia que iria sair pela boca, nunca imaginei que um dia voltaria a ver o meu progenitor.
Que um dia abandonou-me com a minha mãe, ainda grávida de Ella, e depois duns meses roubou a minha irmã da maternidade . Posso afirmar que este senhor que está a minha frente, não é um pai, mas sim um monstro, que apenas deu seu esperma a minha mãe, mais nada.
A reacção de Ella me deixa assustado, soube pelo Harry que ela tinha se lembrado de algumas coisas, mas espero que ela não se tenha lembrado deste homem.
Não quero que sofra, depois de tantos anos, quero vê-la sempre feliz, infelizmente isso não tem sido possível nos últimos dias.

Eu: porquê que estamos sempre a encontrarmo-nos...?- perguntou-se, com a voz baixa, olhando para o senhor.
Louis: Ella, estás bem?- perguntei, puxando-a pelo braço, para ficar mais junto de mim.
Eu: estou... Posso ir para o teu quarto?
Louis: claro.

Entreguei-a as chaves, e ela afastou-se lentamente, olhando várias vezes para o nosso pai, enquanto fazia o percurso para o meu quarto.
Assim que deixei de a ver, encarei este homem que a bem pouco tempo, deduzíamos que estava morto.

John: Louis Tomlinson, meu filho!- disse com um sorriso no rosto, pelas poucas memórias que tenho dele, não me lembro de o ter visto sorrir.
Louis: pensei que estivesse morto.

Mas porquê que todo mundo agora não está morto?! Eu tenho que começar ir mais vezes a igreja, cada vez mais assombrações do passado voltam para as nossas vidas que já estão cheias de problemas .

John: um dos homens mais cobiçados de Londres.
Louis: o que deseja?!
John: o que aconteceu com a sua irmã?
Louis: se o senhor realmente se importasse com ela não a teria roubado e muito menos abandonado!
John: ninguém me entende!- gritou, fazendo todo mundo olhar.
Louis: vamos sair daqui!- puxando-o pelo braço.

Fomos até o restaurante do hotel, indicaram-me logo uma mesa e lá fomos nós. Pareço estar muito firme, mas não estou.
Estou muito nervoso, algumas palavras saíram da minha boca sem pensar, não tenho controle total do meu corpo, devido ao medo, ao pavor, que ainda tenho deste homem.
Lembro-me muito bem de o ter visto, algumas vezes agredindo a minha mãe, e pelas minhas contas, naquela época a minha mãe já estava grávida de Ella.

John: vim me redimir, pedir perdão.
Louis: o que vamos ganhar com isso?! Eu e Ella estamos felizes sem ti!
John: mas eu não! Preciso da minha família!
Louis: que família?! A que abandonaste a mais de 20 mãos?! Estás maluco, no mínimo!
John: eu preciso de vocês, eu...
Louis: porquê logo agora?! A Ella nem se lembra de ti!
John: tenho um câncer maligno no cérebro e vou morrer daqui a algumas meses!

Suas palavras fizeram minha boca secar e a minha garganta fechar. O homem imponente, agressivo e sarcástico com quem passei os piores quatro anos da minha infância, agora parece tão frágil, parece vulnerável.

John: não quero morrer sem ter o teu perdão, e da Ella. Sem conhecer meus netos!
Louis: provavelmente vás acabar assim ...

Ella on
Enquanto fazia o percurso para o quarto do Louis, meus pensamentos já se tinham dividido. Entre o homem, mais velho, com quem estou a encontrar-me constantemente, que faz minhas poucas memórias andarem as voltas pela minha cabeça. E o William, pelo facto dele ter sido tão possessivo e bruto, tenho que admitir que estou com medo dele.
Apalpei meu braço, me fazendo grunhir antes de entrar no quarto do Louis.
Meu braço está dolorido. Dolorido é favor, muito.
Fechei a porta do quarto e tirei logo o meu casaco, pousando-o sobre a poltrona. Olhei para o meu braço, totalmente roxo, e o acariciei, me fazendo grunhir de novo devido dor.
Sentei-me sobre a cama do Louis, e fiquei admirando meu braço, até que, vejo a maçaneta da porta a virar, me fazendo levantar muito rapidamente. Aproximei-me logo da porta da varanda, a primeira coisa que pensei, foi o William ter me seguido e agora quer me agarrar a força aqui. Assim que vi a porta abrir-se, abri logo a da varando para sair, mas assim que pus o primeiro pé fora do quarto.
Uma mão, puxa-me pelo meu braço dolorido, me fazendo voltar para trás e gemer de dor.

Lovers [ H. S. ]Onde histórias criam vida. Descubra agora