𝐁𝐞𝐚𝐫'𝐬 - 𝐂𝐡𝐨𝐢 𝐁𝐞𝐨𝐦𝐠𝐲𝐮

𝑏𝑒𝑎𝑟'𝑠 = 𝑜𝑛𝑒

esta me ouvindo? - pergunta
calmamente enquanto rodeava
meu corpo intacto. - ESTÁ ME OUVINDO!!!!?

6 de outubro
14:30 da tarde.

Cemitério memory'love

ㅡ Hoje os anjos cantam uma linda melodia, para chagada de Aikyo Ume ao céu. ㅡ O padre ditava cada palavra calmamente enquanto os demais presentes choravam incansavelmente.ㅡ Sua memória estará agora em nossos corações, onde será lembrada com muito carinho. ㅡ O homem de cabelos brancos agora abaixa a cabeça, parecendo concentrar-se em algo. ㅡ Se me permitem, vamos orar o pai nosso. ㅡ Minha mãe que estava ao meu lado acompanha o padre na oração, escuto o coral se fazer quando os demais presentes fazem o mesmo.

Estávamos em época de inverno, as poucas folhas que ainda haviam nas árvores, estavam sem vida e secas, o vento gélido percorria pelo meu corpo e entre as pessoas que estavam ao meu lado com vestes pretos, um frio na barriga se faz presente quando o caixão de minha avó vai sendo levado para baixo da terra, os gritos desesperados de minha mãe faz os pelos de meus braços arrepiarem, abraço a mesmo que afunda seu rosto em meu pescoço.

ㅡ Vai ficar tudo bem. ㅡ Bato cuidadosamente em suas costas tentando comforta-lá em minhas palavras, mesmo sabendo que não adiantará nada.

O padre que olhava tudo com um semblante triste faz apenas um gesto com a cabeça, e logo os parentes se aproximam do túmulo jogando rosas vermelhas e brancas, percebo o homem de cabelos brancos se aproximar com uma rosa branca me suas mãos e sorri esticando os braços e colocando-as me minha frete.

ㅡ Vá e jogue uma rosa para sua avó. ㅡ Sorrio de volta e as pego me dirigindo para beira do túmulo, sinto minhas mãos tremerem a cada passo que dava, e assim que paro encarando a madeira marrom a jogo.

ㅡ Me perdoe por não ser a sua neta desejada. ㅡ Falo ainda encarando o caixão, logo sinto as mãos de minha mẫe em meus ombros, me levando novamente para trás.

O barulho da terra sendo jogada em cima do caixão me fazia suspirar algumas vezes, e mentalmente contava até cinco, para então me acalmar. Não gosto de cemitérios, não gosto de caixões, não gosto de rosas, e estar ali me deixava aterrorizada, as pessoas quase desmaiando ao meu lado, gritos de tristeza, lágrimas de tristeza, um ambiente triste e melancólico.