𝐁𝐞𝐚𝐫'𝐬 - 𝐂𝐡𝐨𝐢 𝐁𝐞𝐨𝐦𝐠𝐲𝐮

bear's = nine

Pov's Aikyo Yusu

ㅡ Acorde. ㅡ Escuto uma voz rouca ao meu lado e rapidamente arregalo os olhos vendo Choi Beomgyu me olhando com seus olhos negros, que estranhamente estavam tão próximos aos meus. ㅡ Iremos sair. ㅡ ele disse já sem paciência.

ㅡ Sair? ㅡ Pergunto assim que o garoto se distancia e junta suas mãos a frente de seu corpo, aquela simples palavra me deu um pouco mais de esperança.

ㅡ Não ficou claro o que disse? Não gosto de repetir. ㅡ Diz sério, me fazendo levantar lentamente. ㅡ Ande em minha frente, e nem ouse tentar fugir. ㅡ Rapidamente ando em direção à cadeira pegando o casaco preto que estava em cima, logo o colocando. Beomgyu andava atrás de mim, me guiava com suas mãos em meus braços, descemos as escadas e logo estávamos no andar de baixo.

Ainda sem dizer uma palavra se quer, Beomgyu pega uma algema, prende em meu pulso, fazendo a mesma coisa em seu próprio.

ㅡ Caso grite, saiba que você nunca mais irá ver sua família ou qualquer outra coisa, seu último grito será de dor. ㅡ Seu olhar era sério, ele ditava cada palavra como se quisesse me fazer entender da maneira mais medonha possível. O garoto se vira e pega algo que não pude ver, pois ele é muito alto, assim tampava minha visão.

Logo Beomgyu anda em direção à porta me arrastando atrás de si, o rapaz abre a porta e só então pude ver que ainda estava escuro, a floresta parecia ainda mais assustadora, logo pude sentir o vento gélido chocar em minha pele.

Sem mais nem menos, o moreno caminha para fora da casa, logo trancando a porta e adentrando a floresta escura. Não sabia para onde íamos, ainda mais por estar indo sem venda, sem nem um pano na boca ou nada do tipo, apenas estávamos indo andando. Porém, mesmo se eu quisesse, não iria decorar o caminho facilmente, a única coisa que via eram árvores e mais árvores. Beomgyu andava em passos rápidos, fazendo a algema arranhar minha pele que ardia, me gerando a imaginação da ferida que poderia se fazer.

Acho não era exatamente de noite, pois pude perceber a claridade que chegava aos poucos, talvez fosse de manhã, agora já podia ver tudo em volta, o que não fazia diferença, até então.

Pude avistar uma casa, estávamos um pouco longe ainda dela, era uma casa que ficava de frente para rua. Parecia um pouco isolada, no entanto ainda consigo escutar barulho de carros, talvez por perto tivesse alguma rodovia. A cada passo nos aproximávamos da pequena casa branca, e então tive a certeza que Beomgyu estava indo realmente em direção à mesma.

ㅡ Não diga um piu. ㅡ Diz colocando o dedo indicador na frente de seus lábios vermelhos e em seguida se virando dando mais alguns passos até parar na frente de uma pequena porta que estava no chão, provavelmente daria para o porão.

Após um pouco de dificuldade para abri-la, o garoto consegue e logo adentra aquele lugar empoeirado e escuro. Com um pouco de esforço consigo adentrar também, assim o Choi fecha novamente aquela porta, andamos na escuridão.