Uma Vida... Dois Destinos!!!

Capítulo 9: Precisava Voltar Para Casa

Precisava Voltar Para Casa

《Vegan Narrando》

A minha volta do trabalho encontrei a Carla no portão de casa chorando com as suas coisas arrumadas na mala.

Fiquei todo pasmo, pois não sabia o que se passava. Nada de mal eu tivera feito e isso me preocupava mais.

Queria entender com mais vagar o que realmente estivera acontecendo.

Vegan: - O que se passa contigo Carla? (Questionei preocupado)

Carla: - Eu sinto falta da minha casa, eu preciso voltar para o meu lar! (Falou chorando)

Vegan: - Mas esse é o teu lar agora, aqui é o nosso lar e não lá!

Carla: - Aqui é o teu lar e não o meu, eu ainda preciso dos cuidados da minha mãe e dos conselhos das minhas irmãs, eu preciso ter limites, eu preciso ser controlada. Não posso viver uma vida de casada, enquanto ainda devia ser educada!

Vegan: - Quer dizer o quê com isso?

Carla: - Que estou voltando para casa!

Vegan: - Sabe que se for, não haverá mais volta né?

《Carla Narrando》

Eu sabia que aquele podia ser o fim de tudo provavelmente, mas a verdade era que eu mesma percebi que ainda era criança demais para estar levando aquele tipo de vida que eu levava.

Olhei para ele e disse:

Carla: - Isso nem devia ter o começo!

Olhei para o outro lado e segui o meu caminho.

Existem certas escolhas que nos nunca devíamos ter escolhido. Certas decisões que nunca devíamos ter tomado e certos caminhos que nunca devíamos ter seguido.

Muitos somos nós que queremos ser os donos ou donas dos tais erros que muito se tem dito "Aprenda Com Os Erros Dos Outros". Achamos que cometer esses erros tornamo-nos pessoas mais realizadas e que deste modo, ajudamos mais pessoas.

Temos orgulho dos nossos próprios erros, e quando não o cometemos, ocasionamos os mesmos para sustentar o ditado que diz "Errar É Humano".

Olhamos para este dito como uma forma de justificar as nossas falhas, aliás, que falhas? Se as mesmas, nós mesmos escolhemos o fazer.

Do nada senti uma mão pegar na minha, quando me virei para ver quem era, era o Lirson.

Fiquei espantada em lhe ver naquele lugar, eu pensei que ele havia entendido tudo que eu tivera lhe falado hoje de tarde. Mas pelos vistos nada foi concebido por ele.

Lirson: - Carla eu não consigo pensar devidamente, não consigo me concentrar em nada e quando fui ao trabalho tentando me esquecer de ti, mal conseguia trabalhar. Eu estou ficando paranoica Carla!

Carla: - Eu já te disse que foi um erro meu...

Lirson: - Eu te perdoo por isso!

Carla: - Você nem sequer sabe o que eu fiz... Não Lirson, você está desesperado!

O desespero ultrapassa os nossos limites, nos coloca em situações em que um dia juramos nunca lá chegar. Nos tira o sono, nos tira a madrugada.

Não é o nosso amigo, muito menos a nossa namorada. Não ri contigo e nem comigo, é tão terrível e o nosso pior inimigo.

Vem de dentro e não de fora, para fora e não para dentro. Queima toda identidade, desconhece a entidade.

Não é família, nem amazide. E com o sossego cria inimizade. Bate forte e quebra o pote, o coração, o Sul e o Norte.

Não tem Este e nem Oeste, Sudeste ou Nordeste. Noroeste e nem Sudoeste.