Capítulo 1: A Parábola Do Semeador

10 4 0
                                    

A Parábola Do Semeador

"Quando eu era menino falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. (I Co 11:13)"

As coisas não eram muito diferentes dessas minha vida, pois, "Quando eu era menina falava como menina, sentia como menina, discorria como menina, mas, logo que cheguei a ser mulher, acabei com as coisas de menina."

Hoje cresci e conheci muita coisa durante a minha trajetória. Ontem cauda e hoje cabeça, dona do meu próprio nariz.

Queria eu voltar aos tempos da minha mocidade, queria eu poder viver e só apenas viver.

Queria ser livre das consequências, pegar no fogo na inocência, não ver lado mau, não conhecer a violência.
"Porque um joelho ralado dói menos do que um coração partido."

Eu queria não ter mais que escolher como menina, queria voltar atrás e apagar tudo, mas tudo mesmo de modo que nada restasse. Eu queria uma chance de começar de novo.

"Foge, também dos desejos da tua mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, com coração puro, invocam o Senhor." (II Tm 2:22)

Eu queria voltar ao início e nascer de novo, mas só havia uma e única forma de isso acontecer.

"Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre da sua mãe e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3:3-5)

A minha infância não foi acompanhada do cristianismo até uma certa idade, mas quando alcancei a adolescência, eu e minha família vimos a necessidade de ir a igreja.

Igreja essa onde me foi ensinada os princípios de Deus e pequena parte do que aprendi.

"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele." (Pv 22:6)


Me foi ensinada a essas coisas, mas ninguém me falou do mundo fora. Ninguém me mostrou como seria do outro lado.

Ninguém me disse que existia um mal. Ninguém falou das consequências e como me portar diante daqueles que não tiveram do mesmo aprendizado.

Eu até ouvi falar, mas ninguém me disse como evitar. Por conseguinte, me contaminei e levei a vida do jeito que achara melhor.

De um lado uma menina que fui ensinada acerca do bem do mal, mas do outro lado alguém que só queria experimentar o que a vida tem.

"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12:2)

Tudo começou na minha adolescência, a fase do experimento. É nessa fase da vida em que descobrirmos diversas coisas sobre o nosso corpo interior e exterior.

É nessa fase onde vemos que nem tudo é mar-de-rosas ou um conto de fadas. É aqui onde vemos os mitos da vida que foram usados como forma de transmitir a educação.

É nessa fase onde vemos que não há nenhuma "Kuka" pega durante a madrugada sem sono. É nessa fase onde vemos o sacrifício que os outros fizem para nos manter vivos até aqui.

É nessa fase onde começamos a traçar os nossos próprios caminhos e projetamos a vida que queremos levar nos dias subsequentes.

E infelizmente, essa foi a minha fase da minha rebeldia.

Eu Carla, hoje juíza e muito bem estudada, queria ter muito a contar sobre a minha adolescência, mas infelizmente ela não foi tão brilhante assim como algumas pessoas acham que foi.

Uns, me queriam ver dentro da igreja, mas outros apenas fora.

Não traçamos o nosso futuro estando vivendo o mesmo, mas o fazemos sempre que decidimos ou tomamos uma atitude.

Uma atitude tua pode mudar o rumo do teu destino, tanto é que aos meus 5anos de idade eu queria me tornar policial, aos 8anos queria me tornar professora, aos 10anos quis ser cantora. Aos 11 Advogada, aos 12 Médica, etc. E hoje eu só quero ter dinheiro.

Em cada etapa da vida a gente vai querendo algo, em cada desejo as atitudes mudam e em cada sonho as dúvidas aumentam.

Eu só queria ser feliz, queria transmitir felicidade, queria mostrar a minha Alegria para os demais. Queria dar um motivo para as pessoas sorrirem, mas infelizmente o mundo me cegou ainda na minha fundação, assim como a parábola do semeador:

"Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram.
E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade.
E outra caiu entre espinhos, e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta?
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.
Esta é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus;
e os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois, vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salvem, crendo;
e os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam;
e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;
e a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança." (Lc 8:5-15)

Uma Vida...         Dois Destinos!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora