Você Acordou o Leão

31 de outubro de 1997

Eles tiveram muito pouca sorte na frente Horcrux.

Jasper ainda não tem certeza do que eles são, apenas que são importantes para o inimigo e, portanto, devem ser destruídos. Ele tenta pensar logicamente onde esconderia algo de suprema importância, mas dada a descrição de Potter de 'Enigma', isso não é exatamente útil ao tentar recriar o processo de pensamento do inimigo. Jasper não é louco, nem nunca foi, e, portanto, luta para encontrar um lugar para começar.

O Halloween está chegando agora, e os dois estão disfarçados, tirando uma noite de folga. Uma tentativa de voltar ao problema com a cabeça limpa pela manhã.

Potter se vestiu como a bruxa estereotipada, chapéu pontudo, manto esvoaçante e caldeirão na mão. A única coisa que estraga sua roupa é o rosto que ela usa, continua bonito demais para ser realmente considerado 'bruxo'.

Apresentando-se como 'Conde Drácula', Jasper viu poucas mudanças além de sua roupa atual, embora tenha se preocupado em alisar seus cachos mel em um estilo mais severo e penteado para trás. Potter riu quando ela o viu pela primeira vez, então esta noite trouxe alegria para os dois até agora. Halloween o lembra de casa, talvez em alguns anos ele estará confiante o suficiente para voltar.

No espelho, seus olhos brilham, um reflexo do sangue humano que ele ingeriu. Potter continua insistindo em doar seu próprio sangue para ele, em garantir que ele esteja nas melhores condições possíveis.

É legal. Ter alguém que se importe assim. De forma altruísta, isto é.

Maria só o queria por perto pelo quão bem ele poderia manter os recém-nascidos sob controle, e Charlotte só tolerava sua presença durante suas viagens porque ele é o lutador mais forte dos três. Oh, pode haver uma afeição genuína entre eles agora, embora não seja exatamente a amizade que ele compartilha com Peter. Mas isso é só de passar tanto tempo juntos.

"Pronto para ir?" Potter pergunta, ajustando a inclinação de seu chapéu, uma sobrancelha levantada quase escondida sob a aba escura. Seus olhos verdes percorrem sua forma, avaliando o que ela vê, antes de estender os dedos manchados de vermelho. O cheiro é estranho e quando ele o procura, Jasper vê o frasco vermelho de corante alimentar na bancada da cozinha. Ela está pintando um rastro de vermelho ao redor dos cantos de sua boca, seguindo as ligeiras curvas de sua mandíbula para fazê-lo.

Jasper permanece estranhamente imóvel, ciente de que este é o contato mais íntimo que ele já teve desde Maria. Os dedos de Potter, embora mais ásperos que os de um vampiro, são quentes enquanto marcam seu rosto, suas próprias feições uma máscara de concentração.

Ela estala os dedos uma ou duas vezes em seu pescoço, as gotas vermelhas espirrando contra a coluna de pele desordenadamente.

"Sangue feito", ela reflete, um pequeno sorriso em seus lábios.

Eles ainda estão juntos, o suficiente para que Jasper pudesse envolver seu antebraço em volta dos ombros de Potter sem ter que dar um passo à frente. É fácil ver as veias sob a pele de Potter, especialmente com a fina camada que cobre seus olhos. Cada cílio individual, alguns grudados na água de seu banho recente.

Sem a distração de seu sangue, Jasper nota que ela ainda tem um cheiro razoavelmente agradável, que ela cheira a calor. É legal.

"Nós provavelmente deveríamos sair," Potter sussurra, em tom calmo, como se ela também não quisesse interromper este momento.

Ela está estudando ele também, suas emoções em alguma forma de revisão, se estabilizando como água parada. Ele não consegue ler a profundidade deles, não sem um esforço sério que ele realmente não quer fazer agora. Sua respiração é quente contra ele, mesmo através do tecido de sua camisa.

"Permita-me, querida."

Tirando um lenço do bolso, Jasper cuidadosamente pega as mãos de Potter, certificando-se de projetar seus movimentos, limpando a mancha vermelha dos dedos dela.

Potter fica em silêncio enquanto faz isso, olhos contemplativos enquanto ela nervosamente se arrasta de um pé para o outro.

"Certo. Lá fora," ela murmura meio atordoada.

Uma de suas mãos pega a dele, tintura vermelha teimosa ainda encrostada em torno da unha de seu dedo indicador, a pele tão surpreendentemente quente contra a dele.

Jasper segue.

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