| 𝐓𝐑𝐎𝐈𝐒 |

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SABRINA

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SABRINA

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· 18:45 ·

Às vezes eu me sinto uma idiota. Talvez eu seja mesmo. Acordei e percebi que a brincadeira de beijar no inverno nem sempre é tão romântica assim. Arthur e Charles estavam dormindo, um de cada lado da cama. Eu abri os olhos calmamente e movi o meu corpo com cautela. O quarto do hospital era simples, e felizmente por ter um bom trabalho e ter praticamente me matado de trabalhar! A gata tem quarto privativo. É simples, mas é só meu. Branco e verde marcavam o local.

Arthur e Charles estavam segurando as minhas mãos. Por que eles são assim? Por que são tão queridos e amáveis? Eu não sei se mereço isso, talvez eu não mereça... respirei fundo ao perceber que Arthur estava com um sorriso de canto enquanto dormia. Pensei no nosso beijo e no quão quebrado ele ficou ao ver o mesmo ato com Charles. O que eu sinto por ele é amor verdadeiro ou somente gostar?

Eu não sei.

Alguém pode me dizer?

Charles apertava um pouco a minha mão enquanto dormia de forma pesada, ele sempre fazia isso, é como um tique. Os irmãos estavam com estilos diferentes, Arthur de preto por inteiro, e Charles usava azul e vermelho. Tirei as minhas mãos das deles e as juntei em minhas pernas, tentando entender o que estava acontecendo naquele quarto. Procurei pelos cantos vestígios do motivo pelo qual fiquei tão mal, até que encarei a porta de entrada e percebi a minha mãe ali. O meu sorriso foi inevitável.

A minha mãe estava conversando com o médico e abanava em minha direção, a animação dela por me ver acordada era expressiva, mas logo ficou séria ao voltar a atenção para o médico. Ela é uma grande mulher. Raramente tenho ruim a dizer sobre ela, normalmente ela me enche o saco sobre os meninos e diz que eu passo muito tempo da minha vida com eles. Diz que eu deveria dar netinhos a ela, mesmo que fossem adotados. Eu apenas fico em silêncio. O meu pai só consegue rir dela e me apoiar. Quer que eu seja para sempre a garotinha dele.

𝐅𝐑𝐀𝐓𝐄𝐑𝐍𝐈𝐓𝐄́ -̲  ˡᵉᶜˡᵉʳᶜ'ˢOnde histórias criam vida. Descubra agora