Prólogo.

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Aurora Campbell.

Se nossos sonhos são desejos do coração, se ele bate mais forte quando queremos o que queremos, o meu já não importa mais quanto antes, não quando eu estava destinada a não realizá-lo como sempre quis, nada disso estava nos meus planos quando cogitei os meus 18 anos a 6 anos atrás.

Engolindo a bola que se forma em minha garganta, meu olhar se firma nos olhos pretos, tão quanto as asas de um corvo, mas que me observava com atenção de um gavião, o brilho deles são como trovões no céu chuvoso, e ninguém presente nesta igreja sabe, o quanto desejo fugir disso tão bem quanto o dono daqueles olhos.
Bennett Montenegro de Alencar é o filho mais velho de Damian Alencar, o príncipe da guerra, o mais cruel e terrível dentre seus outros 3 irmãos mais novos. Somos um do outro para afagar ou destruir...
O círculo de ouro em meu dedo com uma pedra de rubi em seu centro parece que queima a minha pele, é avaliado há quase um milhão de euros e é a prova de que nada mais importa para essa família além do seu império.

Os Montenegro são a maior família da Rússia, eles comandam todos os cantos do país com a organização criminosa que tanto protegem. Minha família ja é a segunda maior e sendo assim, a disputa por poder só poderia ser terminada com um contrato que ligue nossas famílias para sempre. Trazendo paz para os dois lados. O que eu queria, o que eu sentia nunca importou. Infelizmente eu vim de um mundo tomado pelo caus... Onde a honra de uma família vale bem mais que os caprichos da filha de um homem, esse casamento se trata disso. Ligados pela honra e ascensão dos nossos sobrenomes até o fim das nossas malditas vidas.

Meus olhos circulam, as cabeças presente na igreja e quando eu encontro os azuis que tanto adoro, eles olham para mim simples e castos, isso me machuca profundamente... mais que o espartilho do vestido me apertando a cintura.
Após dizer sim eu estarei ligada a esse homem até que a morte nos separe, enjaulada para sempre a ele, não haverá nenhuma saída para mim mais.

Bennett Alencar

Como um cão farejador, procuro por seus olhos perdidos pelo salão da igreja, quero saber o que se passa em sua maldita cabeça se ela estiver pensando em fugir como das outras vezes a decisão é atirar e acabar com isso aqui mesmo. O pai dela não pode impedir, mas se acontecer o fodido contrato termina antes mesmo de começar.
Ela vasculha o local inteiro com o olhar, até parar em um determinado canto se demorando a desviar, curioso para saber o que prende sua atenção eu viro o meu pescoço para a minha esquerda, olhando diretamente para onde, e quem ela olha com tanto afianco, Antônio. Travo o maxilar. Viro-me para garota e chego bem em seu ouvido sem da a mínima para as merdas que esse padre só a alguns passos de nós está blefando. Perto o suficiente para sentir o cheiro de seu perfume. Lírios e canela, uma mistura calorosa que me lembra vagamente de ter mexido demais com meu subconsciente quando-o sentir pela primeira vez, ela tinha apenas 12 anos.

Eu: Continua olhando para ele, que seu lindo presente de casamento será seus dois olhos em forma de brincos. – A garota volta a olhar para mim, com seus olhos onde eu posso ver o desafio por trás da íris verde – Depois de hoje, você é minha. – Encaro seus olhos e a menina estreita eles na minha direção.

Aurora: Em nome de Deus, eu nunca te perdoaria. – ela rosna entre os dentes brancos cerrados me desafiando, tornando sua mandíbula fina e delicada dura. A infeliz da garota me penetra com suas pedras de Jade, como se pudesse me intimidar mas esquece que o intimidador aqui sou eu, e ela foi feita para mim.
Seu queixo perfeito se ergue, arrebitando o nariz fino delicado e me encara.

Eu: Não acredita em Deus, Aurora. E não é de perdão que preciso.

Aurora: E está casando em uma igreja – Encaro seus malditos olhos verdes.

Xx: Você pode beijar a noiva – Por fim o padre declara suas palavras e olhando pra garota ainda eu vejo a língua dela deslizando por seus lábios cheios e rosados. Posso sentir a tensão das pessoas esperando pelo beijo mas se tem algo que eu sou é paciente. Me aproximo dela chegando meu rosto perto do seu, nossa diferença de altura me faz abaixar 10 centímetros até alinhar meu rosto na frente do seu, posso notar seus lábios se entreabrindo para sair um suspiro.
Levanto a mão tocando seu queixo macio e olhando em seus olhos aproximo meus lábios, tocando a macies de seus e deixando claro, caso essa filha da puta ainda esteja aérea ao que está acontecendo aqui.

Eu: Você é minha. – rosno em seus lábios antes de agarrar sua mão coberta pela luva branca e arrasta-la do altar.

Nascidos Em Guerra - Livro 1 ( Ligados Pela Honra.)Onde histórias criam vida. Descubra agora