Nascidos Em Guerra - Livro 1 ( Ligados Pela Honra.)

Capítulo - Quatro

Alencar...

Desembarco em Moscou, na Rússia, pela manhã. A noite de ontem me deu o gatilho necessário que eu precisava para voltar ao lugar que nasci e cresci por bastante tempo. É aqui que quero que meus filhos cresçam, abdicando de tudo aquilo que um dia eu pertenci. Estava há quase 3 semanas fora sempre vindo e voltando a Itália as pressas com esse casamento.
Juliano e sua filha estão me dando mais dor de cabeça da qual eu mereço, e ela só vai passar quando eu cortar o pescoço de um dos dois e substituir o corpo um do outro.

A velar ultrapassa os portões de ferro pretos da casa minutos depois, atrás de onde passamos. Eu mantenho a atenção no jornal atualizado dessa manhã, a coluna diz:
" Desde a morte de Clarisse Montenegro de Alencar, a família do Don Russo mais importante da história, nunca mais foi a mesma. A sede de juramento "sangue por sangue" só fez aumentar. A guerra intensa entre as mafias Bratva, Famíglia e Cosa Nostra estão cada vez mais intensas, deixando o povo atormentado.
E mesmo depois de anos, o motivo do crime pela morte da segunda filha dos Montenegro, continua sendo sem explicação. Clarisse era uma mulher de valores especiais, estava feliz a espera de seu primeiro filho, cursando direito... Uma jovem de sonhos. Ainda que os Cosa Nostra e Famíglia tivesse seus motivos contra a Bratva, o seu crime favorece a família Montenegro pela desonra do juramento. Nossa equipe continua tristemente e encarecidamente deixando nossas condolências aos Montenegro mais uma vez."

Tiro os olhos da folha de jornal dobrando ao meio e ergo a cabeça para a frente, podendo ver a entrada da minha casa. O carro para no lugar certo, abro a porta eu mesmo já saindo e ouvindo elas se fecharem.  Atravessando a piscina colocada só de enfeite já que eu não uso em frente a casa entrada da casa, sigo dobrando o jornal com os olhos fixos a porta preta, e do canto da surge o capo, Bento já é um senhor de idade, veio trabalhar com meu pai quando eu era um garoto, e continuou comigo desde a saída de Damian Montenegro pois ele é o únicos dos Capos que cuida de tudo quando não estou presente, ele sabe tudo que eu gosto e não gosto e como eu fico se eu chegar e encontrar qualquer fora do lugar, tem duas filhas gêmeas de 13 anos, e cria as duas sozinho desse que a mãe delas se matou. Ele se aproxima vestindo jeans, e uma camisa de botões azul carregando sua arma pendurada em seu ombro. Eu paro diante do homem de estrutura baixa, os olhos expressivos, apesar do excesso de pele caindo neles. Sua cabeça se curva em um cumprimento sutil.

  Eu: O que preciso saber? – Bento me olha através dos seus olhos claros.

  Bento: Nada, Patrão. Te garanto que está tudo em ordem, só o senhor Damian, seu pai, que teve aqui.

  Eu: O que meu pai queria?

  Bento: Ele não informou, achou que o senhor já estaria em casa.

Eu: Meu pai sabe que eu voltaria hoje pela manhã – olho para minhas costas vendo meu melhor amigo, Calleb, sair do carro e caminhar mexendo no bolso de sua calça, seu rosto que está sério olhando para a frente se abre em um sorriso felino quando uma das empregadas passa por ele com os braços cheios de panos, ele acompanha a garota com os olhos até vê-la sumir dentro da dispensa da piscina, e vira para mim com sua cara de aprovação

  Calleb: Posso te provocar ou vai me matar? – o desgraçado para do outro lado da piscina com as mãos para o auto segurando seu cigarro elétrico – foda-se, o Rei da guerra sabe que contém as melhores empregadas de sua humilde mansão. Uma pena que eu não pretendo ficar por muito tempo.

  Eu: Julgo que esteja na hora de ir mesmo, já vi essa sua cara horrível demais por hoje.   –  Calleb solta uma risada rigorosa atrás de mim

  Calleb: Temos negócios, querido – Ignoro esse bastardo passando pelo capo.