Capítulo 10

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Já tinha vários alunos na escola quando eu cheguei. Fui direto para a sala onde ocorreria a primeira aula do dia. Quando entrei não tinha ninguém, me sentei no meu lugar e fiquei mexendo no celular enquanto a aula não começava.

— Bom dia!

Olho para porta, vejo Seoyun vindo em minha direção com um sorriso ladino e se sentou no seu lugar que era logo atrás do meu.

— Bom dia. — respondi sem emoção.

Ela franziu a testa, logo depois revirou os olhos parecendo insatisfeita.

— Credo, que "bom dia" foi esse? — perguntou. — Vamos nos animar, hoje tem aula.

Levantou da cadeira fazendo uma dancinha esquisita e um tanto engraçada. Acabei soltando uma risada.

Arquei a sombrancelha e ela parou de dançar.

— Não tem como ficar animada sabendo que tem aula, não é? — assenti e ela bufou em frustração se sentando no seu lugar novamente.

— Eu odeio escola, odeio estudar. Por que o meu futuro só pode depender de mim?

Eu soltei uma risada com sua fala dramática. Ela era engraçada.

— Ri, ri do meu sofrimento! — dramatizou e eu ri ainda mais.

Depois de uns segundos sua feição ficou seria.

— Ok, agora temos que falar de algo muito sério. — fiquei preocupada com o que poderia ser.

Espero que não seja nada muito grave e que tenha haver com problema e com confusão. Odeio me meter em problemas.

— Então fale.

Ela chegou mais para perto, colocou seus cotovelos na mesa, juntou as mãos e apoiou seu queixo em suas mãos. Ela ficou em silêncio por alguns segundos, fazendo um breve suspense.

Eu já estava ficando angustiada, será que dá para ela abrir a boca? O que custa falar de uma vez?

— Sábado vai ter uma festa, e todos iriam ir. Inclusive nós duas. — toda essa merda de suspense pra isso?

Quando ela me falou sobre e a festa e perguntou se eu queria ir?

— Eu não vou. — disse decidida.

Ela me lançou um olhar intimidador, mas que não me intimidou.

— Vai sim, não quero ficar sozinha lá. E vai ser divertido. — afirmou.

O que faz ela pensar que eu vou?

Penso por um instante o porque ela está insistindo para eu ir, não sei se deveria perguntar já que faz pouco tempo que nos conhecemos. Mas eu vou arriscar mesmo assim.

— É por causa de algum garoto? — fiz a pergunta com um pouco de receio.

Ela arregalou os olhos, seguida fazendo uma cara de nojo e depois apontando um dedo na boca fazendo um sinal de vômito.

— Eca, de onde tirou essa ideia maluca? — perguntou indignada.

— Eu pensei que... — fui interrompida pela mesma.

— Não, por favor, não!

Levantei as mãos em rendição.

Logo aos poucos os alunos foram chegando, quando o senhor Lee chegou.

Virei para frente e Seoyun foi para seu lugar. Se passou alguns minutos e o senhor Lee começou a sua aula.

Fazia a atividade que ele tinha passado, que na minha opinião não era difícil e sim até muito fácil.

How Can I Still Love You? | Nishimura RikiOnde histórias criam vida. Descubra agora