Sorte sua que eu gosto de você - Zosan

Sorte sua que eu gosto de você

Mais um dia normal para o bando dos Chapéus de Palha. Estavam em alto mar, seguindo para seu próximo destino. Robin pediu para Sanji chamar Zoro, já que era a vez do dele de limpar o convés.

O loiro obedeceu ao pedido de sua amada Robin, foi até a academia e abordou Zoro com sua forma mais delicada.

— Ei, marimo idiota! É sua vez de limpar lá em baixo!
— Hã?! Do que me chamou, cozinheiro estúpido? — Zoro se virou indignado para Sanji, abaixando os halteres que estavam nas suas mãos.
— Isso mesmo cabeça de músculo, larga esses pesos e vai fazer o teu trabalho!
— Com quem você pensa que está falando, seu pervertido?! — O moreno se levanta e chega perto do menor.
— Com um cabeça de musgo idiota! Precisa que eu soletre?
— Ora seu... — ele cerra o punho para o outro, mas se controla em seguida. — Você tem sorte que eu gosto de você.
— Eu também não gosto de você! —  lentamente se tocou do que havia realmente escutado.

Parecia até uma brincadeira, mas era real. Zoro realmente se declarou para Sanji. Mesmo que tenha sido no meio de uma discussão, a fala não passou despercebida pelo loiro.

Sanji fica consideravelmente vermelho e muito nervoso. Seu coração dispara em uma velocidade alucinante. Nunca achou que iria ouvir daquele que o xinga a cada segundo.

— O que você disse? — gaguejou, desnorteado.
— Bom... você não ouviu errado. — o moreno estava constrangido.

Um breve silêncio constrangedor tomou o ambiente. Zoro encarava o chão e Sanji encarava o companheiro à sua frente, esperando que ele dissesse que aquilo era só uma brincadeira ou algo do tipo.

— Sanjiii! Comidaaa! — o capitão aparece na academia. — Ah, te achei Sanji! Quero comida! — Luffy soltou seu sorriso largo, com a barriga roncando.
— Ah, certo! — Sanji saiu daquele desconforto e foi cozinhar para Luffy.

Ele ficou pensando naquilo que lhe foi dito por um bom período de tempo, ou melhor, o tempo todo. Não estava incomodado com o Zoro em si, mas estava se questionando do porque as batidas do seu coração perderam o controle na hora que se tocou do que ouvira. Já sentia coisas parecidas por Nami ou Robin, mas nenhuma delas supera a intensidade dessa. Estava muito confuso sobre esse sentimento, então foi pedir conselhos para a pessoa mais competente do bando, a Robin.

Sanji procura por ela no barco e a encontra no seu jardim, cuidando das flores.

— Robin-chwan - disse com brilho nos olhos —, preciso de um conselho seu.
— Sério? Sobre o que? — ela se vira pra ele.
— Bem... Como eu posso explicar...? — o loiro pensa um pouco. — Eu estava discutindo com o Zoro mais cedo e ele disse uma coisa estranha pra mim. E agora eu estou me sentindo meio estranho com isso.

Ela escutava atentamente com um sorriso no rosto, o que deixou Sanji sem jeito na hora que percebeu.

— O que ele disse? — perguntou ela, ainda sorrindo.
— Que... gosta de mim. — ele fica corado.
— Ah, então ele realmente fez isso. — Sanji pareceu meio confuso com esse comentário. — Ele também me pediu conselhos antes, sobre como dizer o que ele sentia por você, mas não achei que ele fosse dizer no meio de uma discussão.
— Então ele pediu conselhos pra você?! Achei que ele realmente estivesse brincando comigo.
— Ele gosta de você Sanji-san, dá pra perceber de longe. Mas, você gosta dele?
— Eu não tenho certeza, mas eu me senti estranho depois da discussão. Acho que nunca senti isso antes... — Robin abre um sorrisão e Sanji fica corado, de novo.
— Acho que o fato de você não ter odiado ouvir isso do Zoro e estar pensando sobre, já diz que o que você sente por ele não é nulo.

Sanji encarou o chão, com um olhar de surpresa. Robin tinha razão. Quando alguém se declara para você e você não gosta dela desse jeito, a certeza vem na hora. Mas quando tem um pouco de sentimento, nem que seja só um pouco, você fica na dúvida do que responder.