aprenda a ser sozinho

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em uma festa, recentemente, nos vimos. que destino, né?

"bom ver você aqui, Gustta"

- "quem é vivo sempre aparece", respondi.

é estranho certos encontros que eu tenho
na vida. mas sempre acontecem...

ela estava sozinha, sem outra pessoa do lado.
que, sinceramente, para mim, era estranho demais.

"você poderia me acompanhar por aí, o que
você acha disso?", ela perguntou.

- "só eu sei o tanto que isso me dói de me
entregar fácil demais, e, mesmo assim,
vou te acompanhar", eu disse.

e aí eu enxuguei o seu rosto, abracei ela
e guardei, de novo, em mim.

naquele pequeno momento do dia,
eu fui apenas um "amor de fim de festa".

deu pra entender isso, né?

eu fui o refrigerante mais barato dela.
e eu sabia que no final daquilo tudo, iríamos
voltar à ser o que éramos antes:

nada...

se bem que... aquele primeiro beijo depois
do fim foi um começo que se perdeu há muito tempo.

e... na volta pra casa, uma mensagem:

"desculpe, não era pra ser você ali".

eu sei que ela voltou com alguém do lado,
e eu... sozinho.

eu passo por lugares mentais onde muitos não
aguentariam estarem presente ali. as pessoas
cobram muitos sentimentos.

e a transparência? ninguém lembra dela...

aprenda a ser sozinho.

vai ser difícil, eu sei... mas você verá que o
amor estar em sua própria companhia.

ela seguiu a vida amando outra pessoa.

e eu?

ah... eu escrevo textos agora.

sozinho.

Contos do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora