merda... a saudade dói demais.

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estávamos encostados a um carro velho abandonado,
dividindo o fone ouvindo "golden hour". estava um céu laranja,
quase no fim de tarde.
eu queria que aquele dia nunca mais tivesse fim,
mas aconteceu mais rápido do
que eu pensei. a dor? ela dói...
ela fere sem pena,
é um arame passado em suas
costas. depois do nosso fim, você ainda queria sair uma noite comigo. mas, eu menti inventando algo, pois eu não
tinha nenhum álibi.

merda... essa saudade está cortando os meus pulsos,
ela está deixando o meu sangue
escorrer pelos olhos.
em um dia eu estava sozinho com o amor da minha vida,
e no outro, eu estava apenas sozinho mesmo.
se você ainda estivesse aqui eu
ligaria aquele carro e dirigia para lugar nenhum,
porque com você até mesmo o
deserto seria a minha casa.
mas, onde você está agora?
eu já não te vejo há alguns meses...

se eu pudesse voltar a viver aquilo tudo,
eu preferia escolher a morte do
que escolher você pela segunda vez, porque me apaixonar por você já foi a minha morte.
e na minha lápide, tem as suas
inicias.
eu ainda escrevo sobre você,
sobre nós,
sobre as merdas que fazíamos quando estávamos sozinhos.

isso é o que a paixão faz com você, isso é o que as pessoas fazem com o seu coração.

cuidado...
porque a saudade dói demais.

Contos do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora