Capítulo 2

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Fico na biblioteca da escola, fazendo inúmeros trabalhos depois da aula pelo meu notebook, começo a desenhar algumas roupas, pois minha faculdade é de moda. Emy aparece atrás de mim me dando um baita susto.

- O que está fazendo dona Beatrice?  Ela senta ao meu lado e fica olhando as roupas que eu desenhei no papel sulfite. — Está muito bom os desenhos amiga, olho ela de lado e volto a desenhar.

- Obrigado Emy, espero que o professor goste deles como você aparenta estar gostando.

- Vou ir trabalhar, já estou meio atrasada, você não vai né?  Leon não vai hoje por conta da mãe dele, vai ficar aqui fazendo seus trabalhos? Ela se levanta.

- Vou terminar os trabalhos e pagar algumas contas, aproveitar e respirar um pouco, andar.. Fazer compras. Dou de ombros e suspiro, ela beija minha bochecha e das às costas e sai correndo pro taxi.

Depois de alguns desenhos, já enjoada de fazer trabalhos, uso wifi da faculdade e entro no facebook.  Seria estranho ter algum parente nos amigos depois de tudo que eu passei depois da fuga? Bom, acho que não, Dou de ombros e começo olhar meus tios, meus primos e começo a lembrar de meus pais ao ver fotos minhas de pequena com meus primos no face de minha tia, sinto aperto no peito  e vejo uma foto de minha mãe ao lado de minha tia junto comigo. Começo a apertar minhas mãos contra meu peito esquerdo, olhando as fotos dela.

Por que mãe, quando mais precisei você não acreditou em mim? Não quis me ouvir, não deixou te provar, por que quando eu fugi você não se importou? Lagrimas escorrem sozinhas, passo minhas mãos para secar as lagrimas rapidamente e decido ir no perfil de minha mãe. Acho o numero dela e salvo em meus contatos com uma dor no peito e fecho notebook com tudo, olho em volta e não vejo ninguém a não ser a bibliotecária, suspiro profundamente, engolindo meu choro, levanto e saio da faculdade para ir ao centro.

Enquanto caminho para o centro para pagar as contas, e comer algo, entro em uma lanchonete e decido pedir um suco de laranja natural com  um salgado de presunto e queijo, fico olhando as pessoas andarem, será que devo ligar para ela? Perguntar umas coisas? Será que devo falar com a emy sobre isso? Não, acho melhor não, emy me mataria. Termino de comer e fico olhando para meu celular onde peguei numero de minha mãe. Mexo minha cabeça em negação, guardo celular e vou até o banco e decido rapidamente pagar as contas mais não paro de pensar na minha mãe e no meu pai,  começo a sentir as lagrimas sobre meu  rosto e  depois que pago a conta vou para o parque e sento no banco e ligo pra minha mãe.

Assim que ouço a voz dela eu fico ofegante e sinto uma vontade de abraçar ela, ela fica perguntando quem é, e eu não respondo só depois de minutos eu respondo .

- Charlotte? Recupero meu fôlego  e fico olhando em volta, segurando o choro .

- Sim, sou eu, quem é ? eu te conheço? Ouço suas perguntas e sinto um nó na garganta e uma dor profunda no meu peito.

-  Sou eu... S-sua filha... Beatrice. Meus olhos enchem de lagrimas ao ouvir desespero em sua voz.  Pisco varias vezes para não deixar  uma lagrima escorrer.

- Bia? É você? Onde você está? Ela pergunta desesperada, respiro fundo depois de tantas perguntas.

- Sim , Charlotte, sou eu sua filha, não vou dizer onde eu estou, eu só queria saber algumas coisas.

- Me diz, onde você está minha filha, eu quero saber onde você está,  que coisas você queria saber? Peter?

Ouço o nome do vagabundo e sinto um nó na minha garganta e abaixo minha cabeça e levanto para cima e respiro profundamente, sinto uma vontade enorme de chorar. — Por que não me procurou? Por que você nunca acreditou em mim quando eu dizia que esse infeliz abusava de mim?  O que ele falava para você? Que estava alucinada? Que estava inventando mentiras? Por que preferiu acreditar nele do que  em mim? Respiro fundo para pegar fôlego.

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⏰ Última atualização: Apr 20, 2015 ⏰

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