Suspeito

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–Cadê meu filho?? –PA pergunta e vejo o desespero em seu olhar.

–Alguém levou ele. –ela fala chorando e PA tenta se soltar dela para olhar em seu rosto.

–Aonde vocês estavam? Pensei que vocês estavam em Vila Velha Thays!

–Eu tentei te ligar, mas seu celular ia pra caixa postal, e... ­–Ela fala e tenta abraçar ele de novo, mas PA se afasta. –Então voltei pra São Paulo, por que queria me desculpar pelo... –Ela fala.

–Aonde foi a última vez que você viu ele ? –Pergunto interrompendo ela, meu coração estava acelerado, sentia todo meu corpo tremer.

–A gente saiu do aeroporto e fomos para um restaurante almoçar e eu estava querendo usar o banheiro aí... eu pedi pra uma senhora segurar ele enquanto eu ia. –Ela faz uma pausa. –Aí quando eu voltei ele não estavam mais lá. –ela fala olhando para PA.

–Como assim tu deu meu filho pra uma pessoa? –PA fala chorando.

Corro até o estúdio, pego nossos celulares e ligo os aparelhos enquanto volto pra sala aonde eles estavam. Entrego seu celular pra ele que visivelmente não sabe o que fazer, ele anda de um lado para o outro.

–A quanto tempo ele tá desaparecido? –Pergunto para ela que em nenhum momento me olhou.

–Responde pelo amor de Deus, Thays! –PA se exalta após ela ignorar minha pergunta.

–Não sei... ­–Ela pensa. ­–Foi na hora do almoço, quase uma da tarde.

Ela fala e eu faço os cálculos em minha cabeça. Se ele sumiu às 13:00 e já são mais de 04:00, ele já esta a mais de 15 horas desaparecido.

–Meu Deus, 15 horas! –Falo e sinto vontade de chorar só de imaginar o que pode ter acontecido com o Peazinho nesse tempo todo.

–Não sei o que fazer... –PA fala olhando nos meu olhos e vem em minha direção. Ele me abraça e começa a chorar, tento ser forte, tenho que ser seu apoio nesse momento.

–Vamos até a polícia, ou podemos vê as câmeras de segurança de onde eles estavam. –Falo para PA que concorda com a cabeça.

­–Não! ­–Ela grita. –Agora não... São 4 horas da manhã. ­–Ela finaliza em seu tom de voz normal.

– Tá doida Thays? –PA grita. – É claro que gente vai na polícia!

–Eu estou cansada, ainda não dormir e daqui a pouco amanhece. –Ela fala. –Podemos esperar um pouco, e mais tarde vamos. –Ela fala e PA solta um suspiro cansado.

Todo meu sono tinha passado, queria era fazer algo para encontrar o Peazinho.

–Vou ligar pra polícia, pra vê o que eles podem fazer agora! –Falo para PA. – Pode descansar no quarto de hospedes se você quiser. –falo carinhosamente com Thays.

–Acho melhor a gente ir pra sua casa PA! –Thays fala, mas PA a ignora.

Disco o número da polícia, meu coração dispara enquanto espero até atenderem.

–Deixa que eu falo. –PA fala e eu entrego meus celular em sua mão.

Olho para Thays que senta calmamente em meu sofá, e nos observa.

–Oi! –PA fala. ­–Meu filho sumiu! –ele fala e as lágrimas descem. –15 horas... não... não... –Vejo a decepção enquanto ele escuta. –24 horas? Meu filho tem 8 meses, não posso esperar tudo isso!

PA desliga o celular e passa a mão em seus cabelos e respira fundo.

–Temos que esperar 24 horas pra poder fazer o boletim de ocorrência. –Ele fala chorando.

–Oh meu amor, vamos achar o Tito. –Falo abraçando ele e seguro o choro quando vejo PA desmoronar em meus braços chorando.

–Quero nosso Filho Paulo! –Thays grita chorando, chamando nossa atenção.

Ele desfaz nosso abraço, vai até ela e ajoelha-se em sua frente.

–Você procurou por ele? perguntou das pessoas, se viram algo? –PA pergunta chorando em frente a Thays.

–É claro que eu procurei, aí fui atrás de você e você não estava em casa, fiquei um tempão te esperando, mas você não voltou pra mim. –Ela fala e coloca sua mão no rosto de PA que esta tão emocionado que não faz nada para evitar o contato.

Meu coração tá partido de não poder fazer nada para ajudar.

Desbloqueio meu celular e vejo inúmeras notificações de mensagens e ligações, procuro o número de Lipe e ligo para ele, no segundo toque, ele atende.

Peço para ele vim até a minha casa, sei o quanto PA e Lipe são amigos, e ele vai precisar de todo apoio nesse momento.

Aviso a Nina o que aconteceu e ela é a primeira a chegar em casa. Logo em seguida Lipe chega, eles ficam muito assustados com tudo.

­–Vamos achar ele irmão! –Lipe fala e eles se abraçam.

PA está inquieto, não sabe o que fazer, já andou por toda a sala, mexe no celular e me olha como se pedisse ajuda, mas não sei o que fazer.

–Agora é hora de vocês usarem a influência que vocês têm na internet, tenho certeza que alguém deve ter alguma notícia. –Nina fala. –Usem o Instagram.

–Não! –Thays grita. –Vocês não vão expor meu filho. –ela fala e levanta do sofá.– Se isso cair na internet não vamos ter um segundo de paz, podemos perder o controle das coisas e acabar atrapalhando. Já basta esse romancezinho entre vocês dois pra atrapalhar tudo.

Decido ignorar a critica de Thays sobre nós e respiro fundo.

–Acho que vou dormir. –Ela fala e me olha. –Aonde é o quarto de hospedes? –Fico encarando ela tentando entender como ela consegue agir com calma em um momento desse.

–Deixa que eu te levo. –Nina fala e as duas vão até o quarto.

Nina volta pra sala me olhando, conheço tão bem minha amiga que sei que ela quer me falar algo. Vou até ela.

–Tem alguma coisa estranha com essa mulher, ela tá tão calma, como se nada tivesse acontecendo.–Nina fala e eu concordo coma cabeça –Ela foi dormir, o filho dela sumiu e ela foi dormir!

–Que bom que eu não sou a única que tá pensado nisso. –Falo aliviada. –Ela não quer que a gente faça nada Nina, nem polícia, nem pedir ajuda na internet. A gente precisa fazer alguma coisa. –Falo e Nina concorda.

Vou até a varada aonde PA e Lipe estão, o dia já está clareando.

–Vamos contratar um detetive. –Falo com firmeza e eles me olham.

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Oiii, quanto tempo!!

Tava me sentindo muito mal que não estava conseguindo escrever, mas essa semana foi loucura, muitos acontecimentos, espero que vocês não tenham desistido de mim.

Não esqueçam da estrelinha.

Bjs da Manu 💙

Enrolados Onde histórias criam vida. Descubra agora