Chapter Four

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Narrador p.o.v

Foi apenas Klaus chegar em uma rua deserta que Sophia se sentiu extremamente enjoada e se jogou pra frente com o propósito de vomitar o que nem tinha comido direito. Ela sentiu uma mão suave pegar cautelosamente seu cabelo o colocando pra trás.

-Não faz isso nunca mais. -Sophia diz assim que jogou tudo pra fora.

-É-É claro. -Diz Klaus cauteloso e pensativo, ainda digerindo as informações.

-Então, vai dizer porque me sequestrou dos meus sequestradores? -a híbrida pergunta depois que se recupera do mal estar.

-Acho... Acho que eu só queria que você não ficasse com eles. -Klaus suspira, aquilo era difícil pra ele, mas inacreditavelmente ele sentia que deveria dizer isso pra ela, era como um extinto- Não era seguro.

-Certo... Obrigada, eu acho. -a morena suspira cruzando os braços embaixo dos seios- Então, acho que é aqui que nos separamos, né?

Assim que Klaus ouviu, ele sentiu como se alguém estivesse querendo tirar a sua companheira dele. Ele não sabia o por que, na verdade ele sabia, mas ele só não queria acreditar. Ele não iria deixar a única pessoa que poderá amar ele ir embora, jamais.

-Não.

-Não? -Sophia perguntou desconfiada e levantando a sobrancelha levemente.

-Não.

-Desculpe, por acaso eu pedi sua permissão? -ela pergunta sarcástica.

-Desculpa meu amor, mas a resposta continuará sendo não. -o sorriso irritante em seu rosto estava a deixando nos nervos, quem ele pensa que é pra tentar controlar a vida dela.

-Foda-se. -Sophia se irrita e tenta fazer uma magia para se teletransportar, mas antes que ela consiga Klaus a pega pela cintura e a coloca no ombro como um saco de batatas e vai em v.d.v (velocidade de vampiro) até um penhasco, onde ela conseguiria ver Nova Orleans de longe.

Assim que Klaus a coloca no chão novamente Sophia tenta se recuperar na tontura e logo que se recupera tenta xingar Klaus, mas antes disso ele a vira para a paisagem e ela fica paralisada.

Era lindo.

As luzes, a cultura, as músicas...

Tudo era perfeito. Ela nunca havia se sentido assim, livre e, por incrível que pareça, em casa.

-É lindo, não é? -Klaus sussurra em seu ouvido enquanto segura em sua cintura- A música, as pessoas se divertindo como se não houve o amanhã, a arte. Esse sempre foi o meu lugar preferido de Nova Orleans.

-Porque tá me mostrando isso? Não acha que isso vai me fazer aceitar você mandar em mim, acha?

-Não, é claro que não. -Klaus da uma risadinha- Eu só... não quero você-... vocês longe de mim. Quero te conhecer, saber sobre o seu passado, sobre sua cor favorita, sua música favorita, quero saber tudo sobre você. Eu sei que eu sou um pouco difícil de se conviver, mas eu prometo tentar melhorar por vocês.

Sophia solta uma risadinha.

-Se queria que eu morasse com você era só pedir. -ela fala virando a cabeça fazendo com que seus olhos se cruzem novamente.

-E você aceitaria? Sabendo dos perigos que você corre comigo? -ele pergunta sorrindo sarcástico.

-Eu já estou em perigo carregando um filho seu, acho que consigo aguentar mais um perigo. -Sophia responde sorrindo. Klaus ficou feliz sabendo que sua companheira já havia aceitado carregar seu filho. Ele jamais aceitaria que outra mulher carregasse seu filho, mesmo que conheça Sophia a pouco tempo já dava pra saber que Sophia iria ser uma ótima mãe.

[...]

Elijah e Klaus conversaram e entraram em um acordo fazendo assim Hayley ser solta e eles irem para uma mansão branca. Estava bem empoeirada, como se estivesse fechado há séculos.

Sophia estava em o que deveria ser um quarto de um bebê, aparentemente, tentando descobrir tudo que estava coberto pelos lençóis brancos.

-Tá tudo bem? -Elijah pergunta assim que escuta Sophia tossir levemente depois que retira o lençol.

-É a poeira. Essa casa é antiga.

-É, mas eu acho que ela deve servir. -comenta com um leve sorriso- É um santuário dos negócios do quartel. Agora você é a pessoa mais importante dessa família, merece um bom lar.

-Eu estou curioso, nesse tempo alguém te perguntou como se sente? -Elijah pergunta.

-Eu não sei, nunca tive uma bela definição de uma, então acho que vou ter que aprender na marra, mas -coloca sua mão esquerda sobre seu ventre- desde que praticamente ela me escolheu, sinto que devo protege-la de qualquer coisa. Como se fosse um extinto.

-Eu sempre vou protege-las. Você tem a minha palavra. -o original afirma.

-E o nobre Elijah sempre cumpre promessas. -Klaus fala sarcasticamente fuzilando o original com os olhos.

-Está feito? -Elijah pergunta.

-Pra falar a verdade, sim. Seu acordo secreto deu muito certo. -Klaus fala como se estivesse impressionado- Marcel ficou feliz em aceitar meu sangue e até minhas "sinceras desculpas", seu amigo Chierry tá vivo e eu ainda sou bem recebido no quartel francês. Minha preocupação agora é esse bando de bruxas malditas. -Klaus termina de falar com desgosto.

-Acho que são confiáveis. -o original mais velho comenta- Elas entregaram Hayley pra mim.

-Desculpe Elijah, mas isso não prova nada. -Sophia comenta e Elijah assente aceitando as desculpas- Bruxas são traiçoeiras, nunca sabemos quando podemos confiar nelas.

-Embora não tenham dito tudo o que sabem. É claro que Marcel tem algo que elas querem, por isso não querem mata-lo. -Elijah tenta raciocinar- Deve haver uma razão.

[...]

-Além da arma secreta que ele usa para controlar as bruxas, Marcel criou um pequeno exército de vampiros. Unidos nós vamos destruí-lo por dentro. -Elijah afirma.

-E quanto a Rebekah? Ela já cansou da pirraça e vai ajudar? -Klaus pergunta meio irritado.

-Ela deixou o desinteresse bem claro. -Elijah responde.

-E olha que ela ficou esfaquiada num caixão muitas vezes. -Klaus comenta sarcástico- Ou talvez ela não tenha sua incrível crença de que eu serei salvo.

-A Rebekah pode nos surpreender. -Elijah retina o lençol branco de cima da mesa fazendo com que a poeira suba- Afinal fizemos os mesmos votos.

-Eu espero que ela fique bem longe. -Klaus comenta bebendo um copo de uísque- Porque no meu desejo de retomar a cidade, de roubar do Marcel o que ele mais gosta eu descobri uma parte vulnerável, uma fraqueza, que o Marcel pode explorar

-E qual é? -Elijah pergunta interessado.

-Você. -Klaus enfia uma adaga em seu peito surpreendendo seu irmão- Me perdoe, meu irmão. Se eu for ganhar nessa guerra, eu vou ganhar sozinho.

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