Capítulo 8

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Após sair com o carro em alta velocidade em direção a Melograno, cidade natal da pequena Luce e seus pais, que fica cerca de 225 km de distância de Apolis cidade onde mora a família Giovanni, essa viagem dura cerca de duas horas indo de carro. E enquanto fazia sua viagem, Antonella fazia notas mentais dos locais onde deveria procurar por pistas sobre a morte de seus amigos, além disso também fez uma nota mental importante: – Tenho que visitar o local onde ocorreu o acidente já que lá podem ter pistas que os investigadores deixaram passar.

Com uma e meia de viagem Antonella precisou abastecer o carro já que a gasolina estava acabando e aproveitou para comprar água, suco e alguns salgados para a viagem, após sair da loja de conveniência Antonella foi em direção ao seu carro uma BMW M5 de cor prata, para continuar com a viagem. Antonella tinha voltar antes das 16:00 horas já que os exames de Luce serão realizados às 17:00 horas, por estar em dirigindo em alta velocidade Antonella conseguiu chegar a Melograno às 12:00 horas.

Após chegar na cidade, Antonella foi imediatamente em direção a antiga casa de Luce e seus pais Stella e Matteo, ao chegar em frente a casa estacionou o carro e desceu em seguida. Como a casa estava fechada desde o dia do acidente, Antonella sabia que havia um local no jardim da casa que havia uma chave reserva escondida.

A antiga casa de Luce tinha um portão preto alto também com a inicial do sobrenome da família no portão, na estrada da casa e nas laterais haviam algumas plantas e árvores altas que eram cercadas por flores, mas especificamente hortênsias de tons branco e lilás. A casa era toda branca com detalhes em madeira e alguns blocos de pedra onde às vezes sentávamos para conversar e colocar o papo em dia, a casa tinha ainda tinha porão, térreo e o primeiro andar onde ficavam os quartos.

Os muros da casa eram altos e o jardim da casa ficava nos fundos e além disso a casa era bem iluminada a noite, como Antonella não tinha a chave ela acabou lembrando que a casa tem uma passagem secreta pelo jardim que dá acesso a casa, quem lhe contou foi Stella porque caso ocorresse alguma coisa a Luce saberia sair e pedir ajuda nesse momento Antonella também estava presente na conversa.

Saindo da frente do portão Antonella foi em direção a parte de trás da casa para encontrar a passagem secreta que dava acesso a casa, chegando no local a passagem estava coberta por plantas para manter escondido, nesse momento Antonella se abaixou e começou a retirar as plantas da frente, depois de três minutos retirando a passagem se revelou, era uma pequena porta de madeira de tamanho médio que dava tanto para uma criança quanto para um adulto passarem.

A porta de madeira era fechada por um ferrolho de aço bem resistente, após abrir o ferrolho e a porta Antonella começou a engatinhar para passar pela porta, em seguida ela se virou e puxou as plantas novamente para cobrir a passagem, depois de puxá-las ela fechou a porta e se levantou e começou a caminhar pelo jardim sempre observando se havia alguma movimentação estranha, mas ela estava preparada para a situação, Antonella tinha uma adaga escondida em sua cintura e ela também era especialista em combate dos mais variados. Em frente a entrada da casa tinha alguns blocos de pedra que podiam ser usados para sentar, mas um pequeno bloco daquele era falso e lá estava a chave reserva da casa, e Antonella sabia exatamente qual era o bloco e onde ele estava.

Após localizar o bloco de pedra e abri-lo para retirar a chave, Antonella o devolveu para o mesmo local e foi em direção a porta da casa. Na terceira tentativa Antonella enfim acerta qual era chave e entra na casa, ao adentrar ela ficou com um nó na garganta como se lhe faltasse o ar, mas devido a situação ela precisava ser fria e calculista para realizar a investigação.

Ela começou a investigar pelo escritório da casa, procurou em pastas de documentos, armários e gavetas mas não encontrou nenhuma informação útil, antes de sair do escritório Antonella acabou procurando na estante de livros, até que um deles abriu a lareira e havia uma passagem... ela então começou a caminhar em direção a lareira e adentrar por aquela passagem.

Antes de entrar ela memorizou qual era o livro que abriu a passagem e também notou que podia ser aberto por dentro também, depois de entrar a lareira se fechou e um corredor de luz se acendeu a cada passo que Antonella dava, mais a frente ela notou que havia uma escada e começou a descê-la, enquanto fazia isso Antonella retirou a adaga de sua cintura e adotou uma postura de combate pois ela não sabia o que lhe esperava lá embaixo...

Ao chegar no último degrau a sala do porão se iluminou... e o que Antonella viu foram diversos livros antigos empilhados e alguns em uma estante de madeira, itens de outras eras e quadros antigos...

Nesse momento ela pensou: talvez eu encontre as pistas que preciso aqui... como a sala estava toda iluminada Antonella pôde procurar nos livros mas, acabou vendo que eles estavam em islandês antigo e que levaria algum tempo para realizar a tradução, ao fechar o livro caiu uma carta com um selo vermelho o símbolo presente no selo era desconhecido e a carta também estava no mesmo idioma do livro...

Enquanto procurava por mais pistas, Antonella encontrou um álbum antigo com fotos em ordem cronológica e ao se deparar com a foto tomou um susto pois a criança da foto tinha o mesmo nome de Luce mas o rosto era totalmente diferente... e isso a deixou em choque... o ano da foto estava borrado e não dava de ver...

Após ver isso ela recolheu a carta, o livro e o álbum de fotos e saiu da sala do porão. Ao subir as escadas e caminhar em direção a lareira, os corredores voltaram e acender as luzes e enquanto isso Antonella pensava o que ela iria fazer com aquelas informações... chegando perto da lareira Antonella puxou uma alavanca e abriu novamente a passagem para poder sair.

Logo depois de passar, a lareira voltou a se fechar como se não tivesse ocorrido e como se não existisse passagem secreta ali... saindo do escritório e caminhar em direção a porta de entrada da casa Antonella dá uma olhada abrindo apenas brecha para ver se tinha alguma movimentação diferente na entrada, mas não havia nada, então ela saiu trancou a porta e caminhou com olhares atentos até a passagem secreta do jardim.

Após abrir o ferrolho de dentro e abrir a porta de madeira, afastou as plantas novamente para poder sair. Em seguida fechou a porta e trancou com o ferrolho e colocou as plantas na frente para que ninguém desconfiasse daquele local. Caminhando em direção ao seu carro, Antonella percebeu que havia dois homens suspeitos em frente a casa tentando arrombar o portão, ela então foi até seu carro, guardou os itens que tinha pego e travou o carro.

Em seguida ela caminhou em direção ao homens sem fazer um barulho e tanto que nem perceberam sua presença até ela chegar por trás de um deles e perguntar:

                   - O que vocês pensam que estão fazendo?! Falou isso com um sorriso ameaçador no rosto.

Nisso os dois homens tomaram um susto e falaram que não era pra ela se intrometer nos assuntos deles... mas Antonella ficou tão puta de raiva que puxou um deles pelo braço,  torceu e o imobilizou colocando a adaga em seu pescoço e disse:

                 - Se você fizer qualquer movimento seu amigo morre!!!

Você não sabe com quem você está lidando... e também não sabe quem eu sou... se você e seu amigo não saírem daqui rápido a polícia irá prender vocês dois por tentativa de assalto e invasão de domicílio... nesse momento a polícia já está a caminho daqui... ao dizer isso o outro comparsa saiu correndo enquanto o outro estava sob o meu domínio, foi então que eu perguntei:

                  - Você prefere ser morto pela minha adaga ou ser preso? Escolha rapidamente... ele respondeu: – prefiro ser preso a morrer...

                 - Sábia decisão... em seguida Antonella ouviu o carro da polícia chegando, o policial que veio era um conhecido de Antonella, e ao descer do carro ele disse:

                 - Bom te vê em ação novamente... Antonella apenas riu e falou pega, ele é todo seu agora, preciso ir tenho que acompanhar minha filha ao médico hoje e bom ver você também.

Enquanto caminhava em direção ao carro, Antonella colocou a adaga de volta na cintura e entrou no carro, saindo com ele em alta velocidade, seu amigo apenas riu da situação e disse: – hoje com certeza você não teve sorte, e continuou dando risada.

A Escolhida da FlorestaOnde histórias criam vida. Descubra agora