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Deidara POVS

[ Sábado • 02:36 ]

Me contorci na cama outra vez. Não havia uma posição se quer que eu ficasse e não sentisse meu corpo todo queimar. Estava sentindo uma dor fora do normal, que nunca senti antes em toda a minha vida, e eu tenho um grande histórico de coisas que passei e dores que senti.

É como se todos os ossos da minha coluna estivessem por um milésimo para quebrarem. Todos.

E meu estômago está se revirando. Como uma cólica, daquelas que te faz desmaiar. E o enjôo, a ânsia a cada minuto.

A fraqueza no corpo. E a febre.

Parecia que eu estava morrendo. E eu se quer sabia o que fazer em relação a isso.

Tobi saiu a um bom tempo, tinha algumas coisas para resolver no submundo, em nome dos pais dele. Que a esse momento devem estar em uma reunião super importante com os anciãos e líderes de outras alcatéias.

É de madrugada, então não tem ninguém trabalhando aqui agora.

Tobirama e Izuna estão dormindo. Algo aconteceu e o Tobirama pediu para não incomodar eles.

Resumindo, me deixaram sozinho para gerenciar todo o castelo.

E por mim estaria tudo bem. Eu ando tendo algumas aulas com o Hashirama e o Madara, aprendendo sobre a história de todos os seres, desse mundo, desse castelo, e como ajudar a gerenciar ele. O único problema é que não tem como eu gerenciar nada nessa situação.

Na minha brilhante cabeça, por eles serem lobisomens e tal, ninguém teria pilhas e pilhas de papelada, essas coisas. Mas eu estava fudidamente errado.

Tanto o Hashirama, quanto o Madara, saem muito. Sempre estão viajando a negócios, e sempre tem muitos compromissos. E quando eles não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo ou mais, mandavam o Tobi. Mas quando os três estavam ocupados, abriam mão de assuntos importantes.

Aí eu, sem pensar muito bem, me prontifiquei para ajudar. Só não imaginava o trabalho chato que isso daria.

Sai de meus pensamentos quando meu celular vibrou em baixo do travesseiro. Era mensagem do Tobi.

Whatsapp On

My precious

My precious: Senti as dores daqui, e você sabe, que por mim, estaria aí te abraçando e de alguma forma iria fazer parar de doer, mas o que vim resolver aqui é extremamente importante, se não fosse eu iria correndo.
Eu: Está tudo bem, não se preocupe. Mantenha seu foco aí para acabar mais rápido e poder voltar. Vou ficar bem.
My precious: Não está tudo bem, sinto que aqui vai demorar mais do que imaginava. Liguei para a Tsuna, pedi algo para te ajudar, mesmo que por pouco tempo. Deve chegar em um compartimento da cozinha, você sabe aquela portinha estranha que me perguntou? É lá. Se algo acontecer, me ligue, eu vou o mais rápido que eu puder. Beijos, loirinho. Eu te amo.
Eu: Obrigado. Eu também te amo.

Whatsapp Off

Guardei meu celular e com muita luta, me convenci a levantar. Foi um longo longo longo longo caminho até a cozinha. Escadarias, eu odeio vocês. Depois de finalmente chegar na cozinha eu fui até a portinha, que parece um mini alçapão e o abri. Havia ali um saquinho de tecido, e dentro, um frasco com uma cápsula meio brilhante e colorida.

Eu: Só pode estar zoando - tenho certeza que ela usou todos aqueles ingredientes estranhos dela aqui. O cheiro era horrível e o gosto também, provavelmente.

Havia também um pequeno bilhete. Dizia para ingerir com bastante água. O efeito era quase que imediato, mas não durava mais que algumas horas. Também tinha um obs, que dizia "Não é veneno, bebê logo".

Eu tomei.

O gosto era pior do que eu imaginava.

Eu me sentei em um banco e aos poucos, eu senti a dor de aliviar. E o enjôo ir embora. E a indisposição também.

Espero que não aja efeitos colaterais.

Como já estava me sentindo melhor, e eu tinha muito o que fazer, peguei a garrafa de água e fui para o escritório.

O que tinha com mais urgência para ser revisado, eram propostas, pedidos e reclamações da alcatéia.

Alguns relatórios diziam que algumas casas foram completamente destruídas, e essas casas, todas localizadas em um canto afastado do centro, e perto da divisa da bateria protetora. Coloquei algumas setas dizendo para investigar o local, cuidar dos prejuízoz, abrigar os moradores e eu também tinha uma teoria sobre o ocorrido.

E coloquei grifado de vermelho para que o Hashirama pudesse refletir sobre.

A alguns dias, estão havendo alguma casos estranhos na alcatéia. Alguns homicídios, moradores gravemente feridos, e também alguns casos de terrorismo. Algumas casas pintadas com sangue e outras que foram apedrejadas. E em todos os casos, um símbolo estranho foi gravado.

Bom, isso a um ou dois dias.

Os moradores não fariam isso. Eu conheci todos. Todos eles. E eu sei bem quando uma pessoa mente. Sei muito bem. Todos ali queriam uma única coisa, continuar suas vidas em paz. Nenhum engraçadinho, não tinha nada disso. Então é de se imaginar que seja alguém de fora. Estudei o máximo de livros da história da alcatéia que pude, mas não achei nada sobre o símbolo, e ninguém da alcatéia sabia também. Era algo de fora.

Me disseram que não poderia ser, porque a barreira não deixaria alguém de fora entrar sem permissão.

Mas, como nem tudo é perfeito, essa barreira tem sim seus pontos fracos. E eu imagino que alguém, possa ter se infiltrado da alcatéia, para abrir uma brecha na barreira.

Não imagino quem poderia querer ser tão chamativo assim. Hashirama e Madara realmente tem muitos inimigos, mas envolver civis inocentes, isso é contra as regras das alcatéias.

Então não é um Lobisomen.

Eu passei boa parte da madrugada pensando nesse caso, e resolvendo alguns outros também. Deixei setas indicativas e sugestões. Espero que agilize o trabalho do Hashirama.

Quando já era quase quatro e cinquenta da manhã, eu resolvi ir comer algo. Já que meu estômago estava melhor. Também, meus olhos estavam doendo de ler tantas letras miúdas.

Meu caminho para a cozinha foi interrompido quando ouvi o som da campainha tocar.

Ninguém me falou sobre visitas para chegar, Hashirama, Madara e o Tobi tem as chaves. Não fazia ideia de quem poderia ser. E confesso que cogitei me fingir de sonso e ignorar. Mas não pude o fazer.

Quando abri a porta, me deparei com uma garota. Um pouco mais baixa que a Sakura, eu imagino. Ela tinha o cabelo castanho curto, e olhos da mesma cor. Estava muito bem vestida e também estava acompanhada por suas malas.

Ela não tinha uma expressão muito boa no rosto, e eu não sabia o que fazer.

Eu: Como posso te ajudar?

Our Promised Alphas [T/Obidei]Onde histórias criam vida. Descubra agora