❝Capítulo 1 - Minha eterna Clarissa.❞

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DUDU

O apito final foi feito pelo juiz, eu mal podia acreditar, o Palmeiras realmente é o time da virada, de um jogo em uma quarta-feira a noite qual perdemos com um placar bem considerável, para um jogo no domingo qual ganhamos com quatro gols de vantagem, eu estava numa felicidade que não era de mim, a virada dentro de casa era um misto de emoções, era incrível ouvir o cantar da nossa querida torcida.

Medalhas entregues, taça erguida, É CAMPEÃO PAULISTA 2022, um grande marco para nossa história, uma virada que ao olhar de muitos era impossível, era evidente que em qualquer lugar que você visse falavam que o São Paulo era o favorito do título após o 3×1, mas apenas Deus é o Dono da verdade, Ele nos fez campeões mais uma vez.

— Dudu!. — Ouvi o grito de Piquerez a me chamar.

Agora as famílias estavam todas no gramado, todos se divertindo com a vitória, se abraçando, tirando fotos com a taça.

— Dudu!. — Gritou mais uma vez, se aproximando de mim. — Quero que conheça minha hermana.

Ele e a mulher a seu lado chegaram perto de mim, Piquerez com um sorriso imenso, assim que olhei para o rosto de sua irmã um nó se formou em minha garganta, meus olhos insistiram em marejar, mas segurei o choro.

— Essa é Angel, minha hermana. — Piquerez deu um pequeno empurrão em sua irmã, fazendo com que ela se aproximasse mais de mim e me cumprimentasse com a mão.

— É um prazer te conhecer, Joaco fala muito bem de você. — Balançou nossas mãos com delicadeza e sorriu.

— O prazer é todo meu. — Minha voz saiu embargada.

— Algum problema mano?. — Meu companheiro de equipe perguntou.

— Só estou um pouco emocionado, é importante ganhar mais um título. — Respondi desfazendo o toque de minha mão na de Angel, involuntariamente levei a mão aos olhos, lágrimas haviam rolado e eu nem percebi.

— É mesmo importante ganhar mais uma taça. — Angel comentou. — Parabéns pela conquista.

— Muito obrigado. — Forcei um sorriso. Os dois saíram andando para os outros jogadores, provavelmente Piquerez irá a apresentar para os outros.

Eu chorei na frente dos dois, chorei, era a mesmíssima coisa de estar vendo minha eterna Clarissa em minha frente, Angel tinha o rosto angelical muito parecido ao de minha amada, seus olhos azuis eram iguais aos dela, aqueles azuis que eu sempre me perdia, azuis como o mar. Aquele sorriso qual ela me deu, era tão parecido com aquele que recebia todas as manhãs de minha noiva, eu não sabia como reagir à aquela situação, uma tristeza imensa tomou conta do meu ser, era para ser um dia alegre, acabei de ganhar o campeonato, mas a única coisa que fiz foi descer para o vestiário e me sentar em um dos bancos.

O barulho da sua risada quase fazia o som da música sumir, até porque ela não estava tão alta, o nosso quarto parecia uma pista de dança, eu segurava na cintura de Clarissa enquanto ela estava com os braços em meus ombros, dançavamos do nosso jeitinho doido, mas dançavamos, nada no mundo tirava nossa felicidade naquele momento.

— A gente tem que treinar bastante pro nosso casamento Eduardo. — Mais uma gargalhada escapou de seus lábios.

— Vamos ser um desastre na nossa primeira dança. — Encostei minha testa na dela.

É melhor a gente nem ter uma primeira dança. — Deixou um selinho rápido em meus lábios.

Flashback | Dudu Pereira Onde histórias criam vida. Descubra agora