As Bagunceiras

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Alaska? Serio que é tão difícil assim chegar no Alaska?

Passamos por Orlando, Londres, Épiro(sim, dessa vez chegamos em Épiro, mas não era o momento), Nebraska (queremos Alaska e não Nebraska) e por fim Alaska, na verdade paramos bem na geleira onde as duas bagunceiras estavam e bem, sinto que elas já sabiam que iríamos chegar, pois quando conseguimos chegar despencamos de cansados, pois foram varias viagens uma atrás da outra então nós estávamos ofegantes, e a única coisa que eu lembro é de uma rede de bronze celestial então eu apaguei.

Quando acordei estávamos dentro de um forte, com paredes de gelo mas bem aquecido, elas estavam ali, paradas nos olhando. Elas era exatamente como nas fotos a diferença era q pessoalmente elas eram mais... Crianças, sim elas pareciam mesmo não ter mais de 13.

- Os Ceifadores desistiram e mandaram crianças para nos pegar? - disse a de pele de chocolate e neste momento Raphael riu e ela o olhou sério - O que você rindo moleque? É isso Tanatos? São esses que iram recuperar a sua linda joia?

- Vany, você sabe que ele não vai lhe ouvir não é? - Disse a outra garota mais calma, a voz das dela era suave, já a de Vany era grave mas não deixava de ser feminina - Então se você sabe, pare de gritar feito uma desmiolada!

-Mas eu não suporto essas crianças de hoje em dia, sempre metendo o nariz onde não devem!

- Perdão, mas vocês tem mais ou menos a nossa idade certo? - Eu perguntei

-Não meu querido - Vany chegou perto de mim e pôs a mão em volta do meu pescoço - Eu sou bem mais velha que você! Susan por favor, me diga que eu posso matar esses aqui?!

- Não, eles devem estar aqui por um motivo! - Susan me olhou com seus olhos fortes - Deixe eles falarem, talvez eles tenham um bom motivo para virem atrás de nós - Ela pegou uma faca e cortou as cordas que me prendiam, eu caí com força no chão e senti minha perna formigar - O que vocês querem? As jóias da Medusa? As Armas da Segunda Guerra Mundial? O escudo de Hércules?

-Espera! - eu disse - Vocês têm o verdadeiro Escudo? Como?

-Isso não importa, apenas diga o que vocês querem! -Nesse momento Vany se sentou em uma cadeira e olhou pra mim, brincando com uma faca de Ouro.

Bem, eu diria que queremos algo que você roubou de um deus, mas sinto que vocês não iriam entender se eu dissesse apenas isso. - Eu segurei um pequeno riso - Queremos a caixa que você roubou de Tanatos, precisamos muito dela.

-Rá, eu sabia que tinha haver com os Ceifadores - Vany disse ficando de pé - Não ganhei minha imortalidade a toa moleque, não vou lhe dar o meu prêmio.

- Espere... Ganhou a Imortalidade? Como?

- Bem, digamos que já fizemos favores aos deuses e eles nos prometeram além da imortalidade muita riquezas, e depois de um século, o que ganhamos? Mais trabalhos, então mudamos de lado, criamos o nosso próprio lugar, em uma área onde elas são fracos e começamos a pegar coisas dos deuses e eles não podem nos pegar e mandam semideuses como vocês!

- Okay, então vocês são imortais? - Sophia disse - Mas quem são vocês então?

- Digamos, que somos garotas de sorte - Disse Susan com um sorriso - Agora, me convençam a não matar vocês!

- Bem, acho que essa é a nossa deixa pra fugir - Neste momento eu invoquei uma chama azul e a lancei em direção às amarras de Sophia e Raphael, nós três começamos a correr para fora daquele lugar, não olhávamos para trás apenas corríamos procurando uma saída, até que vimos uma porta e podíamos ver a luz do sol lá, ou era o que pensávamos que fosse.

Quando atravessamos a porta foi um baque, as duas estavam lá, sentadas nós olhando, e quando eu olhei em volta, percebi que havíamos voltado para o mesmo lugar de antes.

- Não adianta correr, vocês nunca vão conseguir sair daqui!

- Vocês são feiticeiras - Raphael disse

- Ponto para o garoto paspalho - disse Vany - Pena que terei que matar vocês por descobrirem isso.

- Espere, mas por que? - Eu disse, mas eu pensava em um amigo, que eu tinha certeza que poderia me ajudar nessa hora mas não sabia se ele podia me ouvir de tão longe - Nós só queremos a caixa e nada mais, não iremos revelar a sua localização para ninguém.

- Não podemos confiar em filhos de Hades, principalmente em um que invoca as chamas do submundo! - Susan disse pegando a sua faca e mais uma vez tudo ficou confuso.

O som de um raio, gritos, poeira, eu fiquei zonzo e tropecei para trás e quando a poeira baixou, eu o vi lá parado na minha frente rosnando para as feiticeiras, o meu único amigo, Trovão meu cachorro que com certeza não era um cachorro normal. Ele latiu e eu entendi o que tinha que fazer, puxei minha espada de ferro estígio que estava jogada em um canto e avancei na direção de Susan, Trovão foi na direção de Vany que correu para os corredores e foi seguida por ele e Raphael, Sophia começou a revirar as prateleiras.

- Bem, aparentemente só somos eu e você Susan.

- Não pense que será fácil, vocês podem até conseguir levar isso para Tanatos, mas nós vamos achar vocês e eu pessoalmente irei lhe matar.

- Não se eu não te matar antes - Eu Ergui a espada e Susan virou pó dourado em dois tempos.

- Bem, agora temos que achar a caixa.

- Não temos não - Neste momento a Sophia estava com a caixa mãos mas alegria foi substituída quando ouvir "HIDRA!" e Raphael e Trovão saíram correndo do corredor e vinha uma explosão veio atrás.

5 Segundos; Primeiro segundo, o terror correu no meu sangue e eu paralisei enquanto o fogo chegava. Segundo, uma ideia que pode me matar surgiu. Terceiro, Segurei a mão de Sophia e Raphael. Quarto, gritei para o Trovão e desaparecemos. Quinto, surgimos no meio da geleira e eu caí no chão, tudo escureceu e eu tinha certeza.

A Certeza foi absoluta quando vi Tanatos, em pé na minha frente.

- Bem vindo Ramon - Ele disse - Me diga, como é morrer?

Diario Dos Filhos de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora