Capítulo 1

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Albânia Pimentel

Eu era uma moleca do interior de São Paulo quando me mudei para a capital para estudar a minha paixão, direito sempre esteve em meus sonhos mesmo quando meus pais sonhavam com outra profissão para mim e assim o fiz dei duro até me formar na faculdade me ajustando com o pouco que eles conseguiam enviar para me ajudar e no dia da formatura eles estavam lá orgulhosos de mim.

- O que vai fazer agora Alba? - perguntou Geo assim que sentei-me à mesa

- Vou ser criminalista - disse servindo- me e vendo meu pai ficar branco igual fantasma

- Você não se formou pra defender bandido Alba - retrucou minha mãe com certo preconceito na voz

- Claro que não mamãe, mas é meu sonho - respondi tentando passar tranquilidade

- Você tem certeza querida? - Perguntou meu pai e eu assenti - Então siga nos seus planos, te apoiaremos sempre - apertou minha mão tentando me passar conforto mesmo não concordando.

- Falta só a OAB irmã - comentou Romênia com seu deboche de sempre e eu sorri amarelo para evitar uma possível discussão.

Depois desse final de semana com meus pais passei a estudar noite e dia, em todos os meus horários vagos para a OAB já era a segunda vez que tentava e sempre me frustrava.

- Me chamo Eloise - disse a garota ruiva ao meu lado chamando minha atenção

- Albânia - respondi sorrindo, era a primeira pessoa no cursinho preparatório da OAB a ser simpática comigo

- A quanto tempo está tentando? - indagou curiosa

- Estou indo para a terceira e você? - indaguei

- Segunda - respondeu e o professor entrou em sala chamando nossa atenção

Quando saí do cursinho aquele dia, tinha a certeza de ter conseguido uma nova amiga, meses depois Elo se mudou para apartamento e começamos a ser colegas de quarto, ela era divertida e uma ótima amiga, quem via poderia jurar que nos conheciamos a anos. Ela já trabalhava em um escritório de advocacia como secretária, na verdade não era só um escritório mas o ESCRITÓRIO, o objeto de toda minha devoção estava perto da minha amiga. Comecei a acompanhar e admirar Gabriel Fernandes quando ele fez uma palestra em minha faculdade, estava no quarto período quando decidi por influência dele me tornar uma advogada criminalista quando me formasse.

Meu sonho era trabalhar ao seu lado e quando surgiu a oportunidade Eloise fez acontecer, me ajudou em todo o processo seletivo da empresa e eu me apaixonei pelo lugar e pelo meu chefe ranzinza antissocial.

Gabriel Fernandes era bonito como um dos deuses gregos, tinha um rosto que parecia ser desenhado, barba preenchendo o seu rosto, ombros largos, olhos cor de mel que contrastava com sua pele e cabelos e provavelmente dois fucking metros de altura o que me deixava parecer uma formiga sempre que estava ao seu lado em alguma reunião, meu chefe era objeto de atenção de ambos os sexos e ele sabia disso.

- Como vai a paixonite? - indagou Elo entrando no ap e me vendo jogada no sofá

- Como vai a paixonite pelo sr. Mendes? - indaguei sorrindo ao ver que seus olhos reviraram

- Aquele homem me esgota, ele me fez trabalhar até pouco tempo - disse me fazendo olhar o relógio vendo que se aproximava das 21 horas

- Como se você não tentasse tirar uma casquinha enquanto isso - rebati e ela sorriu desanimada

- Já fazem meses desde que... você sabe - referiu-se a transa deles onde o chefe acordou no dia seguinte e saiu correndo sem ao menos se despedir dela

- Talvez deva partir para outra - comentei colocando mais uma colher de sorvete na boca

- Disse a garota que está se entupindo de sorvete e pensando no chefe gostoso enquanto ler um romance quente - brincou levantando-se e parou me olhando - devia ter acrescentado o virgem pra ver se te motiva a perder

- Não me motiva a nada - brinquei sabendo que aquilo era incomum no mundo atual onde meninas de 16 anos já possuíam uma vida sexualmente ativa e eu aos 23 estava aqui sonhando com o príncipe encantado.

- Talvez você devesse entrar na sala dele amanhã só de sobretudo - brincou Eloise da cozinha - Nem seu chefe invencível resistirá a você de saltos e sobretudo Alba - concluiu seu raciocínio indo para o quarto com um pedaço de pizza em mãos.

- Talvez eu devesse fazer isso - comentei para mim mesma imaginando a loucura e rindo sozinha.

Boa Leitura <3

O Filho do DoutorOnde histórias criam vida. Descubra agora